Dacar – O Tribunal de Dacar condenou esta quinta-feira o principal político da oposição ao Presidente senegalês, Ousmane Sonko, a uma pena de prisão efectiva de dois anos por corrupção de menor.
Em maio de 2023, o Ministério Público tinha solicitado dez anos de prisão por violação ou cinco anos por corrupção de menor contra o opositor. Ausente do julgamento, Ousmane Sonko, o candidato às eleições presidenciais de 2024 foi absolvido dos actos de violação de que era acusado.
O Tribunal senegalês condenou igualmente a dois anos de prisão por incitação a perversão, Ndèye Khady Ndiaye, a proprietária do salão de beleza, onde trabalhava a jovem funcionaria Adji Sarr que acusava Ousmane Sonko de violação.
Uma situação política delicada
Sonko sempre negou firmemente os crimes que lhe eram apontados e acusa o Governo de utilizar o sistema judicial para o impedir de concorrer às eleições de 2024. De facto, esta condenação torna a sua candidatura inelegível de momento.
O ambiente em Dacar encontra-se neste momento muito tenso, devido a última declaração de Ousmane Sonko na qual o opositor apelou os seus partidários a «levantar-se como um só homem para enfrentar Macky Sall», o actual Presidente do Senegal, na perspectiva de este se vir a candidatar-se a um hipotetico terceiro mandato, nao obstante o limite constitucional actual de dois mandatos.
Desde há vários dias, que o seu julgamento causa uma série de perturbações. Por razões de “segurança” as motos foram proibidas de circular até ao fim do dia desta quinta-feira e as aulas na Universidade Cheikh-Anta-Diop (UCAD) de Dacar, como em várias escolas, foram suspensas.
Tensões que muitos senegaleses temem que se intensifiquem nos próximos dias.
Texto por:Inês Rodrigues
Conosaba/rfi.fr/pt/
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