sábado, 24 de junho de 2023

BA DI POVO, HOMI FIRMA TCHAN!

As eleições legislativas de 4 de Junho foram intensamente disputadas, e cada partido tentou vender o seu peixe, mas é o da aliança PAI - TERRA RANKA, que acabou por ser comprado a um preço que deixou esse partido um pouco confortado, porquanto a receita dessa venda vai-lhe permitir «faci fera pá manga di meses», e os que estão sob a sua responsabilidade e que dele se alimentam serão bem servidos durante esse tempo.
Os Guineenses mostraram nestas eleições que sabem distinguirmos o trigo do joio, porquanto, apesar de intervenções às vezes fora do normal, nunca se esqueceram do espirito de Guinendade que os une e anima.
Dentre os vários players, não posso deixar de destacar o Coordenador Nacional do MADEM G15, que fez uma campanha com muita intensidade e, às vezes, por entusiasmo, se calhar, não foi elegante para com os adversários. Mas, tratando-se de política, é nesse ângulo que essas intervenções devem ser vistas.
Depois de toda a maratona da campanha eleitoral e do acto eleitoral destinado a escolher nas urnas aquele partido que sairia com maior número de deputados, o comportamento dos players voltou à normalidade, e cada um soube tratar o outro de forma cortês.
Com a publicação dos resultados eleitorais, tanto provisórios quanto definitivos, os lideres políticos Guineenses, que têm sido alvos de acérrimas criticas, surpreenderam com narrativas que a todos os títulos, nos dá a garantia de que SERA DESTA VEZ. Por uma razão muito simples, todos estão fartos das instabilidades que vínhamos vivendo desde 7 de Junho, e estas eleições eram vistas como o renascer da esperança.
Os resultados destas eleições vieram demonstrar mais uma vez que, como costuma dizer o líder do PAIGC, “não há alternativa ao PAIGC”, e esse status quo vai durar por muito tempo, porque apesar dos pesares, este povo está comprometido com o PAIGC, por motivos óbvios. Desde as primeiras eleições pluralistas em 1994 só em 1999 o PAIGC perdeu as eleições e, isto foi devido ao conflito político-militar de 7 de Junho, aliado à cumplicidade de alguns elementos da sensibilidade Firkidja.
Dos candidates à 10 Downing Street, isto é, ao cargo de Primeiro-ministro, há que reconhecer o valor do Coordenador Nacional do MADEM G15 que, com aquela humildade que lhe caracteriza, aceitou os resultados e felicitou o líder do partido vencedor, mostrando-se disposto a dar toda a sua colaboração, no hemiciclo, desde que os projectos e as propostas de lei a votar salvaguardem os sacrossantos interesses do povo, mas também prometeu ser intransigente na fiscalização da acção governativa, na qualidade de líder da oposição.
São comportamentos desta natureza que tranquilizam os espíritos dos Guineenses e os alimentam a esperança de que, o calvário vivido todos estes anos, não tardará a pertencer ao passado, porque haverá indubitavelmente entendimento entre os titulares dos órgãos de soberania, principalmente entre o Presidente da República e o Primeiro-ministro que vier a ser nomeado.
O Braima Camara é um político de 5 estrelas, com grande capacidade de resiliência, espirito patriótico, combativo, congregador, competente (é preciso conhecê-lo de perto as suas várias facetas para se poder chegar a essa conclusão), disponível e sobretudo um bom muçulmano (ika suma kil grandons cu nin pega iagu eka sibi), descomplexado e altamente urbano.
O Braima Camara que foi derrotado no congresso de Cacheu, derrotado nas primárias do partido contra o Cipriano Cassama, para o cargo de Presidente da Assembleia Nacional Popular (uma disputa em que nem devia entrar, ma kil djintis.), injustamente afastado do cargo de Segundo Vice-Presidente da ANP, por erro de avaliação do PAIGC, que era o partido com maioria relativa mas que teve o apoio do APU e do PND, o seu partido, o MADEM G15 não conseguiu o score com que contava nas eleições de 4 de Junho, por várias, entre as quais, o excesso de confiança, continua a ser dos mais maduros políticos do pais.
O Braima assimilou as lições dos grandes políticos que no continente marcaram a história dos seus países, podendo-se destacar o Presidente Abdoulaye Wade, o Prof Alpha Conde, o Alassane Dramane Ouattara, o Laurent Gbagbo, etc..
Como diz o Francês, « il y a toujours de lendemains meilleurs. Tempo tem inda, kaba Ba di Povo nobu inda. O importante i pa i limpa casa i faci omoletes cu mindjor ovos!
Como homem que dá valor aos seus compromissos, que honra a sua palavra, o Braima quis abandonar a liderança do MADEM G15, como consequência dos resultados com que não contava nestas eleições. Mas os militantes, vendo nessa decisão, uma desgraça e talvez o fim do partido, convenceram-no a reconsiderar a sua posição, o que acabou por aceitar mas com muita mágoa no coração, pois parece não ter havido aquele engajamento de muitos, contrariamente à campanha titânica que ele levou a cabo, facto que teria impactado negativamente nos resultados».
Ninguém é insubstituível, e não sou eu a dizer o que se deve ou não fazer, ma si MADEM G15 dixa Ba kapli elis. Si partido di origem ca negal de, papia i padida di dus mama. Si riba la Ina kibi la tas, pabia PAIGC i partido di Guineenses, suma cu kil casa di coligação ta indica propi - tudo alguin kibi la, apesar di porta ca iabridu inda.
Suma cu no Herói Manel ta fala ba: no ndianta!
PAIGC, MADEM G15, PRS, PTG, no ndianta no kumpu terra: Kil cun nganha pa i governa, ma tâmbi kilis cu pirdi pá e faci oposison construtiva ma forte i feio pá controla governo!
Viva Ba Di Povo!
Viva Guinendad!
Viva democracia!
Por: yanick Aerton

Sem comentários:

Enviar um comentário