Bissau – Os sindicatos do pessoal da Saúde e da Educação iniciaram hoje um novo período de greve geral, para reivindicar do Governo o cumprimento de acordos alcançados no ano passado.
É mais uma greve geral, desta feita para cinco dias. Yoyo João Correia, porta-voz da Frente Social, que congrega os sindicatos do pessoal da Saúde e da Educação, lamenta que desde Novembro não tenha havido nenhum contacto com o governo para evitar as ondas de greve, que têm fustigado a Função Pública guineense nos últimos três anos.
O sindicalista explicou, em entrevista à RFI, os motivos desta nova greve: "Em relação a esta greve, temos diferentes pontos de reivindicação. Como sabem, em 2022, o governo da Guiné-Bissau tomou várias medidas, entre as quais decidiu não admitir novos ingressos ao nível da Educação e da Saúde, mas e não só, tambem decidiu retirar (das folhas de pagamento) mais de mil profissionais da Saude e da Educação do sistema do sector público".
"Um outro ponto tem a ver com as dívidas, subsidios de vela, de isolamento, subsidios de giz tambem porque é uma congregaçao dos sindicatos da Educação e da Saude. Tambem temos uma questão em relação às nomeações que são feitas, em relação aos direitos de serviços. A lei é clara nisso e mostra que deve ser através de um concurso, mas infelizmente nos últimos anos temos vivido violações constantes deste regime (no poder), quase toda a nomeação passou a ser através da política", explicou ainda.
A greve começou esta segunda-feira, mas, na verdade, no Simão Mendes, principal hospital do país, não foi notório o efeito da paralisação, isto porque as consultas decorreram normalmente.
Texto por:Mussá Baldé
Conosaba/rfi.fr/pt
Sem comentários:
Enviar um comentário