O alto comissariado para a peregrinação a Meca anunciou quinta-feira que a Guiné-Bissau não iria participar devido a problemas relacionados com o avião e com a falta de documentação por parte dos peregrinos.
"Lamento, porque esse é um prazer de qualquer religioso, não só dos muçulmanos, porque os cristãos também fazem a sua peregrinação. Estou solidário com eles e aqueles que estavam programados para ir este ano, são prioritários para o próximo ano, mas como recompensa vão fazer a pequena peregrinação", afirmou o chefe de Estado.
Umaro Sissoco Embaló, que falava aos jornalistas no aeroporto Osvaldo Vieira, após ter regressado de Dacar, no Senegal, onde participou na cimeira do Banco Mundial com África, disse também que dissolveu o alto comissariado para a peregrinação.
"A partir deste momento está extinto, mas há uma coisa que eu quero chamar a atenção no próximo ano isto vai acabar", afirmou.
O Presidente guineense sublinhou que "as agências de viagens estão habilitadas para organizar a peregrinação, não é o Estado, a Guiné-Bissau é um país laico".
"Não podemos sistematicamente envolver o Governo, pode apoiar e facilitar, mas o Governo tem de recuar porque não tem o direito de fazer isso, porque a Guiné-Bissau é um Estado laico", acrescentou, salientando que as autoridades não distribuem açúcar e bacalhau aos cristãos.
"A Guiné-Bissau é um país laico. Eu sou de todos as religiões. As pessoas têm de parar com essa cultura da peregrinação Meca. A peregrinação a Meca não é causa nacional, isto é a República da Guiné-Bissau", insistiu, adiantando que vai ser devolvido o dinheiro aos peregrinos.
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