domingo, 17 de julho de 2022

Lançado em Bissau projeto para promover liberdade de imprensa e acesso a informação de qualidade

A União Europeia, a Fundação para os Media da África Ocidental e o Sindicato dos Jornalistas da Guiné-Bissau lançaram hoje, em Bissau, um projeto para promover a liberdade de imprensa e o acesso a informação de qualidade.

O projeto, denominado "Promover a Liberdade dos Meios de Comunicação Social e o acesso à informação de qualidade na Guiné-Bissau", vai "ajudar-nos a lançar as bases para a promoção de um jornalismo independente, livre e responsável", afirmou Indira Correia Baldé, presidente do Sindicato dos Jornalistas guineense.

Segundo Indira Correia Baldé, a profissão é "extremamente importante para o país", mas "precisa de profissionais qualificados", pedindo aos jornalistas guineenses para que façam um jornalismo isento e com base no princípio do contraditório e parcerias "mais saudáveis" com o Governo e restantes autoridades do país, incluindo os setores da segurança e defesa.

O projeto com duração de três anos é financiado pela União Europeia (UE) e executado pela Fundação dos Media da África Ocidental em parceria com o Sindicato dos Jornalistas.

"O objetivo é assegurar que os jornalistas e outros atores da comunicação social na Guiné-Bissau sejam capazes de exercer a sua atividade num ambiente de trabalho seguro e protegido, que sejam capazes de produzir conteúdos jornalísticos eticamente apropriados, relevantes e baseados em factos que promovam a coexistência pacífica e permitam o acesso do público a informação de qualidade", afirmou a embaixadora da UE.

Para a embaixadora Sónia Neto, o projeto pretende também "aumentar a capacidade de organização dos 'media' para produzir conteúdos de qualidade, baseados em factos e ética para ajudar a contrariar mensagens de radicalização e extremismo violento".

O projeto inclui formações em ética, gestão, jornalismo financeiro, verificação de factos, direitos humanos e liberdade de expressão, disse a coordenadora do projeto, Daisy Prempeh.

"Também vai incluir o desenvolvimento de documentos institucionais como planos estratégicos, de recursos humanos, comunicação e políticas de recolha de fundos para parceiros e relatórios sobre o estado da liberdade de imprensa e de expressão no país", afirmou.

Conosaba/Lusa

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