Bissau,09 Out 19(ANG) – O Presidente da República cessante afirmou que recebeu uma ameaça do actual primeiro-ministro Aristides Gomes de que irá ser preso se perder as eleições presidenciais de 24 de Novembro.
“Vocês sabem o quê que o actual primeiro-ministro Aristides Gomes me disse recentemente”, questionou José Mário Vaz na terça-feira, num encontro com milhares de apoiantes membros dos Movimentos de Apoio Político à Jomav e Botche Candé.
Mário Vaz prosseguiu dizendo que recebeu ameaças de Aristides Gomes de que se perder as eleições presidenciais de 24 de Novembro será preso.
Recordou que foi o Aristides Gomes quem lhe exonerou na presidência da Câmara Municipal de Bissau.
“Nós temos um bom coração. Prova disso antes de lhe nomear para o cargo do primeiro-ministro, mandei chamar um ancião e o seu tio para presenciarem o acto, porque as pessoas do PAIGC não queriam para que ele volte a ser nomeado chefe do executivo”, explicou.
José Mário Vaz sublinhou que falou com o Aristides Gomes e os seus familiares de que irá suportar todas as consequência que possam advir da sua nomeação, mas o único conselho que lhe possa dar é no sentido de fazer um bom trabalho e não repetir os erros do passado.
O Presidente da República cessante voltou a perguntar a plateia de apoiantes se o Aristides Gomes está o fazer um bom trabalho a testa do Governo e estes responderam em coro que não.
Disse que fez tudo de bom para o Aristides Gomes e este transformou-se num dos seus piores inimigos.
Na ocasião, José Mário Vaz voltou a denunciar a retirada de segurança ao seu Director Nacional de Campanha, Botche Candé.
“Uma outra ameaça, tem a ver com a retirada de todo o corpo de segurança do meu director da campanha Botche Candé para lhe poder prender. Vou avisar, se as pessoas têm o mandato judicial todos nós iremos responder na justiça porque ninguém pode estar em cima da Lei. Mas caso contrário e com base na demonstração da força, os autores pagarão a factura”, disse
O Presidente da República cessante reafirmou que, se existem eleições que serão ganhas sem problemas, será a de 24 de Novembro.
Disse que a sua candidatura não tem nenhum suporte de partidos com assento parlamentar, mas que tem o Povo guineense atrás.
“É triste porque podíamos juntar para construir o país, mas as pessoas têm ambição de poder fora de limite. O poder serve-se para construir e desenvolver o país e não para se apoderar de coisas alheias”, disse.
Em reacção as informações que dão conta de que alguns elementos do Movimento de Apoio Político à José Mário Vaz decidiram agora apoiar o candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), o Director Nacional da Campanha de José Mário Vaz, nega ser verdade, dizendo que são apenas duas pessoas que agora não pertencem a referida organização.
Notícias veiculadas em redes sociais citando um comunicado da Presidência da República indicam que José Mário Vaz viaja hoje para Portugal e Espanha em visita privada de cinco dias.
Conosaba/ANG/ÂC//SG
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