quarta-feira, 30 de outubro de 2019

PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU QUER ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NA DATA PREVISTA

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, afirmou hoje que quer que as eleições presidenciais se realizem na data prevista, 24 de novembro, num discurso proferido na cerimónia de tomada de posse do novo primeiro-ministro.
"As pessoas pensam que não vamos ter a capacidade de realizar as nossas eleições na data prevista, vamos mostrar ao mundo que nós guineenses quando queremos, fazemos", disse José Mário Vaz.

O chefe de Estado guineense salientou que as eleições devem ser livres, justas e transparentes e sem "ambiguidades" e que o momento é de organização das presidenciais e, se necessário, com forças e recursos guineenses.
"Se chegamos a este ponto de dizer que queremos um novo primeiro-ministro é preciso que seja diferente dos restantes primeiros-ministros. Eu o escolhi porque reconhecemos a sua capacidade, sobretudo de fazer bem", salientou.
No discurso, José Mário Vaz insistiu na necessidade do combate à corrupção e ao tráfico de droga e na melhoria das condições de vida dos guineenses.
"Somos todos considerados como homens que não sabem viver sem droga. Não temos nada a ver com o tráfico de droga na Guiné-Bissau", disse, salientando também que não quer ver sangue no "chão de Amílcar Cabral".
O Presidente sublinhou também que a missão do primeiro-ministro é resolver os problemas da Guiné-Bissau e dos guineenses e não os problemas da família e dos amigos.
"Acaba de tomar posse como primeiro-ministro, não quero ódio, rancor, não quero perseguições, vinganças, vamos mostrar a diferença. A diferença é que somos filhos da Guiné que quer mudar a Guiné-Bissau, transformar a Guiné-Bissau, que quer fazer da Guiné-Bissau um país de respeito", afirmou.
"Vamos mostrar a dignidade do guineense como no passado fizemos. Hoje a Guiné mudou, a Guiné vai mudar", salientou.
José Mário Vaz demitiu segunda-feira o Governo liderado por Aristides Gomes e nomeou hoje Faustino Imbali, do Partido de Renovação Social, novo primeiro-ministro.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que tem mediado a crise no país, considerou o decreto ilegal e reiterou o apoio a Aristides Gomes.
Portugal anunciou também que reconhece como legítimo o Governo de Aristides Gomes.
LUSA

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