segunda-feira, 28 de outubro de 2019

GUINÉ-BISSAU: EXECUTIVO DIZ QUE A MORTE DO CIDADÃO GUINEENSE NÃO RESULTA DA CONFRONTAÇÃO COM A POLICIA DA ORDEM PUBLICA

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, anunciou neste domingo (27.10) que a morte do cidadão guineense durante protesto contra o processo eleitoral, não resultado da confrontação com a corporação Policial da Ordem Pública, de acordo com os resultados do médico da medicina legal, que o Executivo teve acesso.

"Essa morte não resulta de nenhuma confrontação física entre a vítima e as forças policiais. Portanto não há nenhum traços de residência do corpo face às eventuais agressões das forças policiais", afirmou Aristides Gomes.


Segundo Gomes, durante a tentativa de manifestação as forças de seguranças não dispararam um tiro se quer, só tiveram que utilizar os meios a sua disposição para dissuadir os manifestantes

Em conferência de imprensa este domingo, 27 de outubro de 2019, na sua residência oficial, Gomes diz que os incidentes apontam que o malogrado não morreu na avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria, mas sim numa mesquita em Bissau.

Gomes diz que apesar desta situação, o executivo está interessado para que este fato seja elucidado suficientemente em virtude das "águas turvas" que está a ser criado na Guiné-Bissau últimos tempos, para interromper o processo eleitoral em curso no país.

O líder do Executivo guineense afirma ainda que a Guiné-Bissau face as ameaças muitos sérias à estabilização do país, envolvendo atores políticos, incluindo o Chefe de Estado, José Mário Vaz, com estratégias em diferentes discursos e ações com objetivo de parar o pleito eleitoral de 24 de novembro próximo, prendendo o primeiro-ministro, consumando assim o Golpe de Estado.

Acompanhdo dos ministros do Interior e da Justiça, Gomes diz que a tentativa de manifestação organizada por três partidos com assento no parlamento, nomeadamente, o MADEM-G15, PRS e APU-PDGB para protestar contra o processo eleitoral, visava simplesmente criar uma zona de sombra e criar uma ação de vandalização para justificar o interromper das eleições presidenciais.

Durante a sua longa declaração a imprensa, abordou vários assuntos da atualidade socio-político do país, com destaque para realização das eleições na data marcada e a determinação na luta contra tráfico de droga na Guiné-Bissau.

De referir que o secretário-geral da Juventude do PRS, Fernando Dias, lamentou a morte de um manifestante de 48 anos, e confirmou que durante o protesto, os agentes policiais dispararam balas reais e gás lacrimogéneo.

Segundo o Dias, o incidente ocorreu na avenida principal, combatentes da liberdade de pátria, concretamente ao pé da instalação da força de polícia de trânsito do país, onde os agentes dispararam balas e gás lacrimogéneo contra os marchantes.

A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais a 24 de novembro, estando a segunda volta, caso seja necessária, marcada para 29 de dezembro.

Por: AC
Conosaba/Rádio Jovem Bissau

Sem comentários:

Enviar um comentário