O Coordenador do Movimento para a Alternância Democrática – Grupo 15 (MADEM – G 15), Braima Camará, considerou domingo, 01 de julho 2018, que o Congresso Constituinte será da vitória do bem sobre o mal, da justiça sobre a injustiça, da inclusão sobre a exclusão.
Camará adiantou ainda que o conclave é uma oportunidade para restabelecer a verdade sobre a mentira, a tolerância sobre a intolerância, a honestidade sobre a corrupção e a liberdade sobre a opressão.
Camará falava na abertura do Congresso Constituinte do recém-criado Movimento para a Alternância Democrática – Grupo 15, que decorre de 01 a 02 de julho, no ilhéu de Gardete, sector de Prábis, região de Biombo, norte da Guiné-Bissau. Os 2215 delegados provenientes de diferentes regiões do país e da diáspora reúnem-se sob o lema “Congresso de Alternância Patriótica para uma Mudança Positiva”.
O coordenador do movimento reconheceu que a Guiné-Bissau está a atravessar um dos momentos mais difíceis da sua história, devido a uma crise política profunda que abalou de igual modo as áreas sociais e económicas.
“A Guiné-Bissau está a enfrentar um período de transição política resultante da assinatura do acordo de Conacri. Esta é a realidade que nos interpela a redobrar os esforços no sentido de assegurar a paz e a estabilidade sócio-política imprescindíveis para que o país volte a crescer e alcançar o patamar do desenvolvimento económico e social digno do seu nome”, observou.
O presidente da Comissão Organizadora do Congresso Constituinte, Marciano Silva Barbeiro, disse na sua intervenção que os trabalhos iniciados trariam esperança e inovações. Segundo este responsável, os delegados foram designados nas suas bases obedecendo os critérios definidos pelo Grupo 15 e pela Comissão Nacional Organizadora do Congresso.
Sublinhou ainda que o número dos delegados presentes no congresso é um marco histórico dos excluídos e afastados de forma arbitraria do PAIGC.
Presente na cerimónia, o ex-Primeiro Ministro, Umaro Sissoco Embaló disse na sua intervenção que a atual direção dos libertadores (PAIGC) depara-se com o problema de liderança e não dos liderados, tendo assegurado neste particular que atualmente o PAIGC está a ser dirigido por ex-dirigentes da Frente de Libertação e Independência Nacional da Guiné (FLING), que no seu entender, é uma vergonha.
Em representação do Partido da Renovação Social (PRS), Jorge Malú lembrou que desde as primeiras horas, o seu partido caminhou junto com o grupo dos 15 e promete continuar a caminhada conjunta em defesa da causa comum.
“Juntamo-nos ontem, juntamos hoje e juntaremos amanhã para combater a injustiça. Quando ganharmos as eleições, juntaremos de novo para fazermos a festa. Isso não vai demorar, porque toda a gente sabe onde está a verdade”, notou.
Recorda-se que o Movimento para a Alternância democrática – G 15 foi criado em Bissau a 09 de junho do ano em curso, durante uma reunião do Anél 115 alargado do Grupo 15 dissidentes do partido PAIGC.
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