sábado, 21 de julho de 2018

"NUNCA IRIA PERMITIR QUE OS PROBLEMAS POLÍTICOS FOSSEM TRATADOS FORA DO PAÍS", DIZ O EX-PR DE TRANSIÇÃO GUINEENSE MANUEL SERIFO NHAMADJO

EX-PR DE TRANSIÇÃO GUINEENSE MANUEL SERIFO NHAMADJO DISPOSTO A VOLTAR A LIDERAR O PAÍS 

O ex-Presidente guineense de transição, Serifo Nhamadjo, está disposto voltar a ser líder do país desde que os militantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) o escolham como candidato às presidenciais de 2019.

uma entrevista à rádio Jovem de Bissau, Serifo Nhamadjo afirmou que vai às primárias do PAIGC e se for a escolha dos militantes vai se apresentar ao eleitorado, para tentar ser Presidente guineense.

"Já dei provas de ser uma pessoa aglutinadora", afirmou Nhamadjo, para sublinhar que o país "precisa de um líder que possa dar totais garantias para que o primeiro-ministro possa governar bem", disse.

Presidente de transição da Guiné-Bissau na sequência do golpe de Estado de abril de 2012 até junho de 2014, Nhamadjo apenas espera que o próximo candidato às presidenciais pelo PAIGC seja escolhido por voto secreto "conforme os estatutos", sublinhou.

"Penso que não seria democrático, se por exemplo, o atual presidente do partido assumisse que é ele o candidato (às presidenciais) sem que tenha sido sufragado pelos militantes", observou Nhamadjo, referindo-se a Domingos Simões Pereira.

Questionado sobre as suas relações pessoais com Simões Pereira, o ex-Presidente de transição guineense, disse serem "excelentes", ainda que Simões Pereira "seja um sportinguista ferrenho" e ele "um benfiquista assumido".

Serifo Nhamadjo, de 60 anos, que entre outros cargos também foi presidente do parlamento, considerou ter experiência suficiente para "unir as várias franjas" da sociedade guineense "hoje desavindas, por vários motivos".

Sobre o atual Presidente guineense, José Mário Vaz, Nhamadjo disse não ter tido oportunidade para falarem pessoalmente, ainda que tenha tentado um encontro várias vezes, disse.

Nhamadjo afirmou também que se fosse o líder atual da Guiné-Bissau, nunca iria permitir que os problemas políticos fossem tratados fora do país, como aconteceu com a mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

"Gerimos a transição, mas nunca permitimos que os de fora viessem cá indicar-nos qual o caminho para a nossa crise na altura", destacou Serifo Nhamadjo, um apaixonado pelo futebol, que chegou a dirigir o Benfica de Bissau e o Desportivo de Mansabá.

Conosaba/DN

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