quinta-feira, 8 de setembro de 2016

COMITÉ PARA ABANDONO DAS PRÁTICAS NEFASTAS AUMENTA VIGILÂNCIA CONTRA EXCISÃO NA GUINÉ-BISSAU


Fatumata Djau Baldé, Presidente

Foi lançada esta quarta-feira (07) campanha nacional aeroportuária contra prática da mutilação genital feminina na Guine Bissau. Esta campanha é levada a cabo pelo Comité Nacional para o Abandono das Práticas Tradicionais Nefastas a saúde da mulher e criança
O comité pretende acabar com esta prática nas zonas fronteiriças do país. Nesta primeira fase estão a ser envolvidos membros da defesa e de segurança no país principalmente os colocados nos aeroportos e nas zonas fronteiriças.
Fatumata Djau Baldé, Presidente deste Comité, disse que pretende-se com este evento envolver mais actores na luta nesta prática e procura-se evitar que as meninas sejam trazidas para o país e submetidas à excisão.
Qualquer pessoa que pretende viajar com uma criança, ela (a criança) vai ser observada para saber se foi submetida a excisão e caso isso aconteça o encarregado vai ser submetido a pena prevista na lei guineense”, explica.
Presidente do Comité Nacional para o Abandono das Práticas Tradicionais Nefastas a saúde da mulher e criança disse ainda que, embora a redução desta prática no país e a existência de uma pena que pode chegar a 9 anos de prisão, as “pessoas menos informadas” continuam nesta prática embora feita às escondidas.
“Segundo os últimos dados que temos acesso, do inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS), 45% das mulheres dos 15 aos 49 anos de idades foram submetidas a excisão mas também 30% de crianças de 0 a 14 anos foram submetidas a esta prática. No MICS 2014, o número baixou para 13% das mulheres que acham que o progresso deve continuar”, afirma Djau Baldé que considera este facto de “grande avanço” e espera no próximo inquérito no país todas as mulheres irão dizer não a esta prática.
Desde o ano de 2011 existe no país uma lei que proíbe a excisão e nos últimos anos as próprias comunidades tradicionais declaram o abandono a esta prática, isto depois de várias sensibilizações feitas nesta matéria.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi/Conosaba

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