O representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) no país garante que a missão deste fundo só retomará do programa na Guiné-Bissau no próximo ano de 2017
Félix Fisher fez esta declaração, esta segunda-feira (26), durante uma conferência de imprensa com o propósito de fazer balanço do final da visita da equipa técnica do FMI na Guiné-Bissau, que teve lugar desde o dia 13 deste corrente e terminou hoje, (26), disse ainda que da parte do FMI, o próximo passo será a continuação das discussões em Washington e está programado o conselho de administração do fundo a considerar retoma do programa que no início de Dezembro se o conselho de administração aprovar o programa, imediatamente far-se-á o desembolso da primeira segunda avaliação do programa.
“Entendemos que outros parceiros, como por exemplo o Banco Africano de Desenvolvimento, também estaria em posição de retomar o apoio orçamental em 2017. O Programa com o FMI sempre tem um impacto positivo para outros países poderem também o país pelo menos através dos apoios orçamentais”, disse.
Para o ministro das finanças, Henrique Horta dos Santos, a credibilidade do país passa necessariamente pelo reconhecimento do fundo de que a gestão macro económica está a ser feita segundo os parâmetros internacionais.
“ (…) Por detrás do fundo estão muitos parceiros internacionais e a estabilidade financeira seria um alívio enorme para o país e uma retoma de confiança dos parceiros e consequentemente de apoios internacionais de que o país carece muito”, afirma.
Entretanto sobre resgate bancaria no país, Fisher, diz-se contra a forma como esse foi realizado porque “é um rescaldo através do qual o governo tem comprado a carteira tóxica dos bancos ao preço nominal e alguns destes clientes que tinham dividas são clientes ricos que poderiam pagar mas preferiram não pagar”.
“O Governo comprando esta divida tóxica passou a ser uma divida ao estado em vez de ser uma divida aos bancos. Numa situação de um estado e numa administração fraca se um cliente não pagar a divida aos bancos a probabilidade de ele pagar o estado é ainda mais fraco”, explica o representante do FMI que disse ainda que, na opinião da instituição que dirige, esta operação não soluciona em nada.
Uma missão do Fundo Internacional, FMI, liderado por Félix Fisher visitou a Guiné-Bissau durante 15 dias com o propósito de levar a cabo as negociações sobre a primeira e segunda avaliação do programa ao abrigo da facilidade de crédito alargado. O programa visa à consolidação de recursos, reformas institucionais aprofundadas e do da despesa e de uma maior mobilização de recursos, reformas institucionais aprofundadas e do desenvolvimento do sector privado para apoiar o crescimento e a criação de emprego.
Durante os dias em Bissau a missão manteve encontro com o Presidente da República, com o Primeiro-Ministro, com o presidente do parlamento, com o Procurador-Geral da República, com o ministro das finanças, com o director nacional do BCEAO e com os representantes do sector financeiro e os parceiros do desenvolvimento.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Anézia tavares Gomes com Conosaba
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