Bissau - O presidente do movimento da sociedade civil da Guiné-Bissau, Jorge Gomes, desaconselhou quinta-feira, a formação de um Governo de consenso entre os principais partidos do país e defendeu um entendimento entre os dirigentes do PAIGC.
Jorge Gomes comentava a proposta apresentada pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para criação de um novo Governo do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e Partido da Renovação Social (PRS), incluindo um grupo de 15 deputados dissidentes do PAIGC.
Para o presidente do Movimento, plataforma que junta mais de 100 organizações da sociedade civil guineense, um Governo nesses moldes não irá resultar, tendo em conta o nível de desentendimento entre os dois partidos.
"As relações azedaram e esse Governo não vai dar resultado", defendeu Jorge Gomes.
Realçando que seria melhor se o Presidente guineense, José Mário Vaz, devolvesse o poder ao PAIGC enquanto partido vencedor das ultimas eleições legislativas ou então que incentivasse o diálogo interno naquela formação política.
O dirigente afirmou que as organizações da sociedade civil guineense e a própria comunidade internacional deviam intervir junto de José Mário Vaz para que este aceitasse esta proposta do Movimento.
Jorge Gomes anunciou que vai tentar convencer a direcção do PAIGC a sentar-se à mesa das negociações com os 15 dissidentes para que voltem ao partido e possam ser integrados no futuro Governo.
Quanto à proposta avançada pela CEDEAO, no sentido de apoiar o próximo Governo guineense para executar uma série de reformas visando melhorar o funcionamento do Estado, a fonte disse estar de acordo por serem "reformas cruciais para o país", sublinhou.
A CEDEAO diz-se pronta a apoiar e a financiar as reformas da Constituição guineense, lei eleitoral, serviços judiciais e o sector da defesa e segurança do país.
angop.ao/Conosaba
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