O presidente da república, José Mário Vaz, regressou ao país, esta madrugada, depois da sua primeira comunicação na sede das Nações Unidas, onde falou também da actual situação política
José Mário Vaz deveria chegar ao país às 23 horas desta quinta-feira, mas o avião veio até Bissau e devido ao mau tempo e a forte chuva e vento da última noite, foi obrigado a fazer uma escala na Gâmbia. Entretanto, o avião conseguiu aterrar em Bissau só às 04 horas da madrugada.
Na sequência deste acontecimento o presidente não prestou nenhuma declaração à imprensa.
Entretanto, antes de voltar ao país, ainda em Nova Iorque, numa entrevista à Rádio ONU, José Mário Vaz, disse que a CPLP pode ajudar os guineenses nos pontos de vista financeiro e político para resolver o impasse institucional.
Esta quinta-feira, os Estados membros do bloco tiveram um encontro a margem da 71ª Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque.
“A CPLP pode intervir em duas direcções. Do ponto de vista político, a CPLP pode ajudar na aproximação das partes, e já está a ser feito. E as pessoas que estão a fazer, os países que estão a fazer, as individualidades que estão a fazer, não estão a dar a cara neste momento, mas nós temos as informações que muitos estão a trabalhar nesse sentido, ajudar na aproximação das partes do ponto de vista político. Do ponto de vista financeiro, a CPLP é importante porque é o espaço onde nós podemos de fato trocar muitas informações”, disse.
O presidente disse que o Brasil é um país que detém uma tecnologia extremamente importante neste momento para os países menos avançados.
“Queremos resolver um grande problema que temos hoje na Guiné, que é dar de comer à nossa população. Não podemos ser governantes e ter realmente as pessoas com fome. Eu sei que o Brasil tem uma tecnologia apropriada para nos ajudar a desenvolver a nossa agricultura, nossa pecuária e quiçá também na transformação dos nossos produtos primários, começar a criar, portanto, valores, acrescentando valores à nossa matéria-prima”, explica.
José Mário Vaz mencionou ainda a possível colaboração com outros países de língua portuguesa e disse que "mais do que nunca" Guiné-Bissau e Cabo Verde estão a trabalhar juntos.
Em relação a situação política, o presidente revelou optimismo quanto ao fim do que chamou de "desentendimento" entre as partes que assinaram o roteiro.
“Para mim a missão (da CEDEAO que estava no país no passado dia 10) foi muito bem-sucedida porque deu origem a um roteiro com seis pontos e esses seis pontos são extremamente importantes (…), eu posso dizer que a situação está a andar bem, posso dizer que estamos praticamente a ver a luz no fundo do túnel para sair, portanto, dessa crise”, adianta o presidente que também ressalta acções do país em prol dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba
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