A Frente Popular repudia com veemência quaisquer tentativas de ajustes de contas à margem da lei e denuncia a violação flagrante do domicílio de Tcherno Bari.
Em comunicado, a organização cívica diz que tomou conhecimento, através das redes sociais, de uma suposta invasão, na madrugada de 21 de junho de 2025, ao domicílio de Tcherno Bari (vulgo Tcherninho), por um grupo de indivíduos alegadamente pertencentes às forças de segurança e ao Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
“Segundo as mesmas informações, o referido grupo terá entrado na residência de Bari, efetuado buscas e terá levado duas viaturas e objetos pessoais não específicados. No entanto, na sequência do ocorrido, não existem informações oficiais sobre o paradeiro do senhor Tcherno Bari e nem foi invocado nenhum mandado judicial que legitime a invasão do seu domicílio” lê-se, lembrando que o Presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló, numa declaração à imprensa, confirmou a operação, acusando a vítima de “desobediência à disciplina militar e qualificando-o de “desertor”.
“Até ao preciso momento, o Estado Maior General das Forças Armadas e o Ministério do Interior não se pronunciaram sobre o suposto episódio em que teriam tomado parte os seus agentes. Este e demais casos, para além de revelarem o elevado nível de insegurança resultante da anarquia institucional vigente, da captura de instituições da República, confirmam sobretudo uma clara institucionalização de um corpo de milícias privadas ao serviço do chefe do regime caduco, Umaro Sissoco Embaló”, lê-se no comunicado.
Por outro lado, a Frente Popular exige a retoma sem demora de processos pendentes na justiça em que Tcherno Bari é tido como suspeito, em estreita observância da lei.
“Por outro lado, em nome da verdade, a Frente Popular desafia o Umaro Sissoco Embaló e o Estado Maior General das Forças Armadas a provarem à opinião pública o vinculo de Tcherno Bari com a instituição Forças Armadas da Guiné-Bissau” desafiou, repudiando ainda as “manobras” tendentes a perpetuar o ciclo de impunidade no país e exige a tradução àjustiça dos autores morais e materiais de diferentes crimes cometidos por este regime, lembrando que Tcherno Bari (Tcherninho) é longe de ser um nome isolado como “pretendeu premeditadamente fazer acreditar Sissoco Embaló”.
“Pelo contrário, é uma figura central no dispositivo da segurança da Presidência e o seu suposto envolvimento nos últimos anos em diversos episódios de agressões e espancamentos de cidadãos nacionais é do conhecimento da opinião pública” concluiu.
Por: Tiago Seide
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