O Senado norte-americano bloqueou o projecto de lei que incluía uma ajuda financeira de 106 mil milhões de dólares destinada à Ucrânia, Israel, Taiwan e ainda ao reforço da segurança das fronteiras. © RFI
Nos Estados Unidos, o Senado bloqueou nesta quarta-feira, 6 de Dezembro, o projecto de lei que incluía uma ajuda financeira de 106 mil milhões de dólares destinada à Ucrânia, Israel e Taiwan. As negociações entre democratas e republicanos estão num impasse devido a profundas divergências sobre o tema da imigração e da segurança na fronteira dos EUA com o México.
O Senado norte-americano bloqueou o projecto de lei que incluía uma ajuda financeira de 106 mil milhões de dólares destinadas à Ucrânia, Israel, Taiwan e ainda ao reforço da segurança das fronteiras. As negociações entre democratas e republicanos estão num impasse devido a profundas divergências sobre o tema da imigração e da segurança na fronteira dos EUA com o México.
A votação foi de 49 contra 51, um fracasso aos olhos do Presidente norte-americano que tinha apelado aos congressistas para aprovarem o projecto de lei. Joe Biden afirmou que o bloqueio do diploma representaria um “presente” para o Presidente russo, sublinhado que Vladimir Putin, caso consiga dominar a Ucrânia, “não vai parar por aí”.
Por seu lado, a Rússia acusou a administração americana de “continuar a gastar o dinheiro dos contribuintes na guerra ucraniana”. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscovo espera que ainda haja "um número de pessoas razoáveis no Congresso para compreender que isto não é nada menos que uma demonização absoluta”.
O Governo de Biden anunciou mais um pacote de assistência de segurança dos Estados Unidos à Ucrânia, no valor de 175 milhões de dólares. Os Estados Unidos são o maior fornecedor de ajuda militar a Kiev. Desde a invasão russa em Fevereiro de 2022, o Congresso já aprovou mais de 110 mil milhões de dólares para ajuda militar à Ucrânia.
Hungria ameaça bloquear ajuda da Europa à Ucrânia
Na Europa, tal como nos Estados Unidos, o apoio financeiro à Ucrânia já não é um dado adquirido. O envelope de 50 mil milhões de euros para quatro anos, solicitado em Junho passado pela Comissão Europeia a favor de Kiev, e visto como prioritário pela grande maioria das capitais europeias, não é um dado garantido durante o Conselho Europeu de 14 e 15 de Dezembro.
O primeiro-ministro da Hungria ameaça inviabilizar a próxima Cimeira Europeia com um veto aos 50 mil milhões de euros solicitados para Kiev, mas também à abertura de negociações para a adesão da Ucrânia à União Europeia.
Para tentar evitar este impasse, esta quinta-feira, 7 de Dezembro, o Presidente francês recebe Viktor Orban, no Eliseu. Emmanuel Macron quer arriscar e tentar demonstrar, a outros líderes europeus, o seu poder de influência.
Por: RFI
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