Os chefes das Forças Armadas da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) iniciaram hoje, em Bissau, uma reunião para traçar planos de combate ao terrorismo, que o líder militar guineense disse ser "um problema real".
No seu discurso de boas-vindas, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) guineenses, Biague Na Ntan, afirmou que os líderes da CEDEAO aguardam pelas decisões a serem tomadas na reunião para "constituir uma base sólida para o combate aos grupos e ações terroristas".
Entre hoje e domingo, a reunião, que decorre num hotel de Bissau, será consagrada aos chefes das operações e da logística militar do espaço da CEDEAO e na segunda-feira será a vez dos CEMGFA se reunirem para aprovar as propostas delineadas.
O general Biague Na Ntan sublinhou que a reunião de Bissau "também apontará orientações claras" no sentido de ajudar os países da sub-região africana no restabelecimento da ordem constitucional que, disse, constitui "das principais ameaças à paz e segurança" na CEDEAO.
Na opinião do chefe das Forças Armadas guineenses, que preside atualmente à cimeira de líderes militares da CEDEAO, a alteração à ordem constitucional e o terrorismo "estão a estancar o desenvolvimento" na África Ocidental.
Fonte da organização disse à Lusa que, embora suspensos atualmente da CEDEAO na sequência de golpes de Estado, foram convidados para a reunião de Bissau, responsáveis do Burkina Faso, Guiné-Conacri e Mali, mas que hoje não estavam presentes.
O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses sublinhou a necessidade de ser criada uma força militar com a capacidade de busca e destruição, proteção das populações civis e segurança de locais e infraestruturas alvos de ataques de grupos terroristas.
O general Biague Na Ntan observou ser urgente a criação e implementação da Força de Alerta da CEDEAO, conforme as orientações de líderes políticos da comunidade.
Esta é a segunda reunião de chefes militares da organização regional em Bissau, depois de uma primeira realizada no passado mês de dezembro.
Hamidou Boly, representante da CEDEAO em Bissau, instou os chefes militares a "apressarem-se na apresentação de propostas concretas em termos operacionais e logísticos" para que sejam adotadas pelos líderes civis para ajudar no combate ao terrorismo e ameaças à ordem constitucional na zona.
A CEDEAO, atualmente presidida pelo chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Emabló, é composta por 15 países: além dos lusófonos Guiné-Bissau e Cabo Verde, Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.
Conosaba/Lusa
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