O governo do Japão vai fornecer mais de 200 toneladas de peixe enlatado, durante o ano letivo 2022/2023, para mais de 150 mil crianças economicamente desfavorecidas a nível das 693 escolas integradas no programa de cantina escolar, com vista a melhorar a dieta alimentar das crianças que frequentam o ensino básico.
O donativo foi estimado em 1,6 milhões de dólares norte-americanos. O ato foi assinalado com a assinatura de um acordo de parceria entre o governo japonês e o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) encarregue de distribuir os géneros alimentícios, e testemunhado pelo secretário-geral do ministério da Educação Nacional, Bernardo Pinto.
A distribuição será nas oito regiões do país, designadamente, Bafatá, Bolama Bijagós, Biombo, Cacheu, Gabú, Oio, Quínara e Tombali.
O Conselheiro da Embaixada do Reino do Japão para a Guiné-Bissau e Senegal, Daisuke Nakajima, disse na sua intervenção que o Japão e a Guiné-Bissau têm uma longa tradição de parceria, tendo realçado que a ajuda alimentar é uma das áreas prioritárias da cooperação e particularmente a melhoria e a estabilização da situação alimentar.
“Este financiamento destina-se a apoiar através do PAM, os esforços do governo da Guiné-Bissau para cobrir as necessidades alimentares dos grupos vulneráveis como mulheres e crianças em particular” assegurou, para de seguida, avançar que apesar dos constrangimentos relacionados com o crise sanitária mundial, o fornecimento de refeições aos alunos incentiva-os a frequentarem a escola com mais regularidade e ajuda os pais a não interromperem a suas escolaridades por falta de meios.
Para o representante do PAM, João Manja, o apoio ao programa nacional de cantinas escolares torna-se ainda mais importante dado ao impacto da Covid-19, bem como aos impactos das mudanças climáticas e dos conflitos sobre a segurança alimentar e a nutrição.
Revelou na sua intervenção que o monitoramento regular feito pela organização que dirige a nível de44 mercados de todo o país, indicam que entre o mês de janeiro e junho do ano em curso, o preço do arroz, que é o cereal básico na dieta alimentar da Guiné-Bissau teve um aumento de 15 por cento em relação ao período anterior.
“Isso constituiu consequências para a segurança alimentar no país. Em abril de 2022, o número de pessoas em insegurança alimentar era de mais de 481.000 pessoas, causado pelo aumento dos preços dos alimentos”, revelou.
“Isso constituiu consequências para a segurança alimentar no país. Em abril de 2022, o número de pessoas em insegurança alimentar é de mais de 481.000 pessoas, causado pelo aumento dos preços dos alimentos”, revelou.
Por: Carolina Djemé
Fotos: CD
Conosaba/odemocratagb
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