Ativista social guineense, Luís Vaz Martins, disse que a Guiné-Bissau não assimilou praticamente nada a nível democrático desde a sua entrada no sistema de multipartidarismo.
A afirmação foi registada, ontem (03.07), em Bissau, depois de ter orado um tema “estado atual de poder local na Guiné-Bissau: espectativas e desafios para descentralização do poder” na palestra promovida pelo Movimento de Jovens pelas Autarquias na Guiné-Bissau (MJPAGB) no quadro do seu segundo aniversário.
Neste ano 2022 a Guiné-Bissau completou 28 anos desde que aderiu a democracia, disse Vaz Martins sustentado que embora a lei democrática trouxe algumas liberdades, de igual modo que preencheu muitas inconstitucionalidades perpetrados pelos políticos eleitos por povo.
No dia 3 de Julho de 1994 o país aderiu o sistema democrático permitindo a participação de vários partidos no processo eleitoral, abdicando o regime do partido único.
No mesmo ato, logo na sua intervenção, um outro orador, politólogo Rui Jorge Semedo, diz que a única causa positiva na entrada à democracia é a possibilidade de existir mais partidos, sindicatos e associações.
Durante os 28 anos da democracia, a Guiné-Bissau conheceu 14 presidentes entre os quais 5 eleitos e os restantes por períodos de transições e igualmente contou com mais de 31 executivos.
Em comparação com o Cabo-verde que nos 31 anos da democracia, registou 4 presidentes e 8 executivos e isso coloca a Guiné-Bissau com os registos negativos.
O Movimento dos Jovens pelas Autarquias na Guiné-Bissau foi criado em 3 de Julho de 2020 e, ontem (03.07), completou dois anos tendo como lema: “Dois anos de exigências e de sensibilização pela descentralização do poder na Guiné-Bissau”.
Por: Oseias Manga/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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