quinta-feira, 28 de março de 2019

PRESIDENTE DO SITRA-CORREIOS ACUSA GOVERNO GUINEENSE DE TER PENHORADO CERCA DE 150 MIL ACÇÕES DA EMPRESA

Bissau, 28 mar (ANG) – O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sitracorreios), acusou hoje o governo de ter penhorado cerca de 150 mil acções daquela empresa pública.

Tefna Tambá que falava em conferência de imprensa afirmou que o então governo guineense penhorou aquelas acções dos Correios ao governo português para pagar dívidas aos funcionários públicos depois da guerra civil.

Disse que todas as empresas que actualmente estão a prestar serviço de entregas de encomendas são do conhecimento do Estado, explicando que, segundo as regras universais, todas elas deveriam passar por Correios e que, infelizmente, nunca acontecera.
O Presidente do SITRACORREIOS disse que o futuro governo vai ter que cumprir todos os acordos e regulamentos postais assinados com a empresa.

Disse que nos Correios, com os 117 meses de salários em atraso, já morreram 28 funcionários e 17 se encontram doentes, alguns em estado grave.

Acrescentou que, por razões de dificuldades financeiras, a empresa não teve como suportar seus tratamentos médicos, e que empresa conta agora com menos de 100 pessoas.

“A empresa não funciona já há três anos e ninguém zelou. Alguns trabalhadores foram presos, o mais caricato foi quando decidimos pedir cabaz de natal e um mês de salário em atraso ao Primeiro-ministro, Aristides Gomes. Foi sem sucesso, “lamentou.

Aquele sindicalista disse que o objectivo principal do sindicato é de relançar a empresa prestando apoio as instituições públicas na movimentação de valores da capital para interior e vice-versa, bem como atrair clientes através da melhoria das condições de atendimento e ter estações postais em pleno funcionamento.

Tambá disse que o Estado tem muito a ganhar com o funcionamento pleno dos Correios, desde disponibilização de melhores serviços, que vai contribuir para melhoria das condições de vida da população, arrecadação de receitas mais eficácia no controle dos impostos e taxas, “desencorajando assim o transporte de objectos proibidos, e reduzindo a fuga ao fisco e desencaminhamento aduaneiro”.

Afirmou que a população também terá acesso aos serviços básicos, nomeadamente a entrega de pedidos de bilhetes de identidade, pagamento de propinas escolares, de pensões, fundo rodoviário, transferências de dinheiro, troca de documentos, e pagamento de facturas de luz e água, entre outros.

Tefna Tambá prometeu que vão recuperar todos os espaços dos Correios, a fim de desenvolver os serviços postais e as encomendas já que não têm parceiros, nem subvenção do executivo quanto mais préstimo bancário, apesar de não terem a autonomia de assinar qualquer parceria com outras empresas sem o aval do governo. 

Conosaba/ANG/JD/AC//SG

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