sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

«ARISTIDES ÓH-IAI, YÉTI-BÉ NANI...» A Diplomacia derrota Ministério Público e Aristides já “voa”



Aristides Gomes abandonou a sede das Nações Unidas deixando o Ministério Público e o Governo de “tangas”.

O avião fretado, que levou o também dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) acabou de descolar do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.

Aristides Gomes está em livre e deixou Bissau, no princípio da tarde desta-feira (12. 02) rumo a Dakar e posteriormente à França. O Governo diz que a saída está ligada a questões de saúde, mas a defesa de Aristides Gomes revela que, o Governo e o Ministério Público vergaram das suas posições, devido à pressão diplomática que lhes foi exercida pela comunidade Internacional.

Certo é que, depois de muita pressão da Comunidade Internacional, as autoridades da Guiné-Bissau decidiram finalmente assumir compromisso em como, o ex-primeiro-ministro, Aristides Gomes, podia sair das instalações das Nações Unidas onde se encontrava há 11 meses por questões de segurança.

Antes da autorização para a saída, Aristides Gomes foi ouvido pelo Ministério Público sobre o alegado crime de Transferência do dinheiro que em 2019 fez para a família no valor de 50 mil euros para o sustento de um ano. A audição teve lugar na presença dos seus advogados.

No dia 11 de Fevereiro corrente, o Governo tornou público um comunicado com data de 10 do mesmo mês, no qual se pode ler que, sob a égide e magistratura de influência do Presidente da República “foi possível criar condições diplomáticas para um acordo entre a Representação das Nações Unidas na Guiné-Bissau e o Ministério Público relativamente a situação do cidadão Aristides Gomes que, por livre vontade, se encontrava albergado na representação das Nações Unidas e que, por questões de saúde deverá deslocar-se ao estrangeiro com carácter de urgência”. O Comunicado refere que, assim que o Procurador-Geral da República o autorizasse mediante um despacho (o que já aconteceu) , “poderá ausentar do país para o tratamento médico”.

Quanto à audição, Última Hora soube que a única matéria de acusação apresentada pelo Ministério Público foi a Transferência do dinheiro para o sustento dos filhos feita em 2019. A defesa de Aristides Gomes insiste que, o processo foi legal, realizado via bancária com todo o registo e ficou provado que, o dinheiro não saiu do tesouro público. A defesa de Aristides Gomes revela que o ex-PM explicou que, os 50 mil euros transferidos para a família (5 filhos e a esposa) eram para o sustento de um ano, onde contas feiras indicam que cada filho receberia 8 mil euros.

Quanto a proveniência do dinheiro, os magistrados do Ministério Público foram explicados que, na Guiné-Bissau, cada viagem de qualquer Primeiro-ministro lhe garante uma ajuda de custo de 10 milhões de Fcfa. O PM tem ainda subsídios que ganham. “Em resumo, não souberam o que acusar”, comentou um deles.

Por CNEWS / Última Hora com Conosaba do Porto









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