O Presidente cabo-verdiano, que tem a presidência rotativa da CPLP, afirmou hoje que espera ver o projeto de Convenção sobre Mobilidade aprovado em Conselho de Ministros da organização em março, para ser levado à cimeira de Luanda.
Numa mensagem disponibilizada hoje, Jorge Carlos Fonseca assume que viu "com muita satisfação" que foi "aprovado por unanimidade", na VI Reunião Técnica Conjunta (que decorreu em 17 e 18 de fevereiro por videoconferência), o projeto de Convenção sobre a Mobilidade na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), apresentado pela presidência cabo-verdiana.
"Com as alterações que resultaram da contribuição de todos os Estados-membros", reconheceu o chefe de Estado de Cabo Verde e presidente em exercício da CPLP, na mensagem colocada na sua conta oficial na rede social Facebook.
Jorge Carlos Fonseca recordou que na XII Cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização, realizada na ilha do Sal em julho de 2018, que marcou o início da presidência cabo-verdiana, foi assumida "de forma muito ambiciosa e pragmática a aposta na mobilidade como instrumento essencial na transformação progressiva da CPLP numa verdadeira comunidade de povos e de cidadãos".
Recordou que desde então já foram "cumpridas as principais etapas delineadas" e que o processo entrou na "fase final", depois de realizados de três Conselhos de Ministros (titulares das pastas dos Negócios Estrangeiros ou das Relações Exteriores de cada país), duas reuniões dos ministros de Interior e da Administração Interna, uma reunião dos ministros de Justiça e seis sessões da Reunião Técnica Conjunta.
O chefe de Estado sublinhou que nesta última reunião técnica foi dado "mais um passo de enorme relevância e alcance para Cabo Verde e para a organização".
"Esperamos que, no final do próximo mês de março, o projeto seja avalizado pelo Conselho de Ministros da CPLP, para que, em julho, na cidade de Luanda [quando Angola assumirá a presidência da organização], seja submetida para aprovação dos chefes de Estado e de Governo", declarou.
"Sendo avisado o ditado segundo o qual não se deve deitar foguetes antes da festa, facto é que o caminho feito até agora, de paciente, determinado e competente trabalho de muitos, num dossier difícil e complexo, com a superação de imensos obstáculos de ordem política, técnica e jurídica, e apesar do ceticismo de alguns e as incompreensões de outros, é deveras meritório, rico e muito promissor", concluiu o Presidente cabo-verdiano.
Em causa, nesta reunião da comissão técnica estavam três pontos de divergência entre os países lusófonos. Dois deles - a certificação das ordens académicas e profissionais e as contribuições dos cidadãos para a Segurança Social - vão ser determinados pelos regulamentos internos dos Estados.
A CPLP conta com nove Estados-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Conosaba/Lusa
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