O ministro da Saúde Pública, Domingos Malu, anunciou que o governo da República Popular da China vai enviar uma missão de médicos chineses para apoiar o governo da Guiné-Bissau na luta de alavancar o sistema nacional de saúde, bem como a iniciativa vai ajudar igualmente no enquadramento dos técnicos de saúde e médicos guineenses que acompanharão a equipa médica chinesa durante todo o período, nas unidades hospitalares em que serão colocados.
O governante fez esse anúncio depois da assinatura do protocolo de acordo sobre o envio de uma missão médica Chinesa à Guiné-Bissau para um programa de 2024/2029. O acordo assinado vai ajudar no desenvolvimento vigoroso da cooperação médica entre os dois países.
A missão médica chinesa, de acordo com o documento, vai continuar a desempenhar o seu papel, contribuindo desta forma para o desenvolvimento da área da medicina e saúde da Guiné-Bissau e na melhoria da saúde do povo guineense.
O titular da pasta da saúde pública reconheceu, na sua comunicação aos jornalistas, que a componente de saúde precisa de mais apoios de outras valências.
“É verdade que há um empenho desenvolvido internamente. Temos a faculdade de medicina a formar pessoas, mas precisamos de apoios de outros países com o nível aceitável de conhecimento técnico e científico, sobretudo IIIno domínio sanitário”, disse, admitindo que o apoio da China vai ajudar no enquadramento dos técnicos de saúde e médicos guineenses.
“A China tem sempre apoiado a Guiné-Bissau na componente de cuidados médicos, sobretudo no Hospital Regional de Canchungo, onde sempre tem instalado uma equipa médica. Não se limita apenas ao hospital de Canchungo, mas também ao hospital militar principal. Estarão para dar apoio e tudo quanto necessário para o povo guineense”, referiu, lembrando que a China sempre é um parceiro da Guiné-Bissau, desde os primórdios da luta da libertação nacional e hoje tornou-se num parceiro estratégico, sobretudo no domínio da saúde.
Por sua vez, o embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau, Guo Ce, assegurou que o acordo celebrado na área de saúde é para anunciar o envio de missão médica chinesa para os próximos cinco e seis anos.
Explicou que, dentro do quadro do protocolo rubricado, o governo chinês vai enviar quatro missões médicas chineses à Guiné-Bissau e cada missão terá um período de um ano e meio.
Guo Ce recordou que nos anos de 1976, o governo chinês enviou a primeira equipa de médicos chineses à Guiné-Bissau e que o acordo celebrado é uma prolongação de cooperação de décadas.
“Para além do envio de missões médicas chineses, decidiu-se também, através do acordo de protocolo, que no futuro vão ser estabelecidos os mecanismos de intercâmbios e formação entre hospitais chineses e guineenses”, disse, aproveitando a ocasião para revelar que neste momento um grupo de médicos e enfermeiros do hospital regional de Canchungo está a fazer intercâmbio e formação na China, acrescentando que três médicos do hospital militar principal fizeram a formação na China sobre a medicina tradicional.
“Este ano marca o 60º aniversário do envio da equipa médica chinesa ao exterior. Nós agradecemos muito a iniciativa do Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que condecorou a equipa médica chinesa com uma medalha muito importante. De acordo com o meu conhecimento, esta medalha é a primeira medalha atribuída pelo Presidente de um país africano este ano à equipa médica chinesa”, contou.
Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb
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