General Umaro Sissoco Embalo, ontem garantiu o apoio ao governo liderado por Dr. Geraldo João Martins, e também felicitou o governo por aprovado o seu Programa do governo e o seu OGE, falou também da sua ralação com o chefe do governo a mais de 3 décadas.
A campanha terminou e as eleições já pertencem ao passado, porque o órgão competente para a gestão eleitoral, a Comissão Nacional de Eleições, já declarou como vencedor o coligação PAI terra-ranka. No meu entender, e como alguém que esteve ativamente implicado no processo, já devíamos estar a preparar para que o governo e presidência tem uma ótima coabitação porque os desafios que nos esperam são enormes e somos poucos demograficamente para os enfrentar.
A nossa jovem democracia viu-se reforçada com esse vaivém, e isso devia ser motivo de orgulho para os Guineenses, porque o nosso povo deu mostras de maturidade, patriotismo, civismo e de entrega à causa nacional.
Que alguém me indique um único país africano onde durante as campanhas eleitorais não se registaram vítimas mortais, ou situações graves de violações de direitos humanos? Na Guiné-Bissau, desde a abertura democrática em 1994 até a data não se registaram nenhuns atos dessa natureza. Se os políticos não o merecem, ao povo da Guiné-Bissau devia por isso ser atribuído o Prémio Nobel de Paz - Daí, que devíamos conformar-nos com a realidade dos factos e concentrar todas as nossas energias para construir a Guiné-Bissau, que precisa de todos os seus filhos, os que estão no pais e os da diáspora. Quem pensa que só nos ombros do presidente da república é que pendem as responsabilidades de prosseguir essa obra, estão enganados, porque o próprio, Domingos Simões Pereira terá a sua quota-parte, porquanto deverá convencer de que, com ele o pais estaria entregue em melhores mãos. Isso passaria fundamentalmente pela sua colaboração sincera com o presidente da república, com quem sempre manteve relações cordiais de grande amizade e de fraternidade.
Faz lembrar as relações entre o Presidente malam bacai sanha e o ex-primeiro ministro Carlos gomes júnior (CADOGO), a quem o ADO nunca chamava pelo nome, mas carinhosamente por “Mon ainé”. E, de facto, o Domingos Simões Pereira e o ainé (ermon garandi) do Umaro Sissoco Embalo, presidente da república, que tem uma grande consideração pelo presidente do PAIGC, não fosse os homens da sua entourage que estão a conduzi-lo para um caminho que ninguém desejava ver este jovem quadro enveredar.
A Guiné-Bissau está à espera do coabitação sã entre o governo e presidência da republica, que tem um período de graça muito curto, porque o povo está com fome de ver o país reencontrar o rumo que lhe tinha sido dado nos primeiros anos da independência pelo falecido Presidente Luís Cabral, a quem rendemos, com todo o mérito, uma vibrante homenagem. O rumo do desenvolvimento.
Essa turbulência, ainda que estranha para muitos, é a manifestação da vitalidade e dinâmica da nossa jovem democracia, que está a servir de exemplo para muitos países africanos e não só. O Domingos Simões Pereira é nosso irmão e estou convencido que ele vai-se render à evidencia porque ainda é novo e pode aspirar a muito mais.
O Guterres não foi presidente de Portugal, mas hoje é o Secretário-geral da ONU, posto a que chegou, além de mérito pessoal, porque teve o incondicional apoio do um poder que até não era da sua côr partidária.
Quem sabe se o General Umaro Sissoco Embalo irá propor um dia o Eng. Domingos Simões Pereira para outro cargo internacional que requeira o apoio do Chefe de Estado? O Domingos já teve a experiência da CPLP e estaria em melhores condições para concorrer a qualquer posto e ser apoiado do que trazer um noviço.
O mesmo se pode falar de muitos dos nossos cidadãos que tiveram a oportunidade de exercer altos cargos de responsabilidade ao nível internacional, Carlos Lopes, Hugo Monteiro, Júlio Balde, Isaac Monteiro, Maria do Céu Monteiro, Nharebat Ntchasso, etc.). São todos Guineenses e excelentes quadros que nos representaram com muita dignidade lá fora.
Por isso, a hora é de reforço da nossa Guinendadi e de muita ambição para fazermos descolar o país uma vez para sempre. Mas atenção, e isso vai para o presidente da república, apesar dos apoios que recebe de vários quadrantes, esta alternância não deve contar a não ser assessoriamente) com aqueles eternos oportunistas que se serviram do país ao longo dos anos, e que nunca o serviram efetivamente. Aqueles que se aproveitaram da impunidade reinante, roubaram e se tornaram hoje ricos, de um dia para o outro, sem serem incomodados. Ou aqueles que se consideram ministeriáveis at aternum. Nna odja Elis, ali ena djumpuni. É sta na tudu partidos cu movimentos. Djopoti ca tem, pá peteli udju.
Nisso, o presidente da república tem que ser firme para continuar a merecer a nossa confiança, a confiança da juventude, sobretudo da juventude “Buruntuma”, anos ke fala noca panha pé
A Luta continua!
We together!
Li Ki li!
Por: Yanick Aerton
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