terça-feira, 27 de agosto de 2019

SOCIEDADE CIVIL DEFENDE REALIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS NA GUINÉ-BISSAU


O presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento defendeu esta segunda-feira (26/8) a realização das eleições autárquicas para completar ciclo eleitoral no país.

A ideia foi defendida depois do encontro que o movimento manteve com a ministra da Administração Territorial e Gestão Eleitoral no âmbito do processo de correcções e omissões que o executivo iniciou no passado sábado.

De acordo com Fodé Caramba Sanha podia ser uma eleição autárquica parcial como matéria piloto para impulsionar o país para nova visão, “por isso encorajo o governo no sentido de promover o diálogo com todos actores políticos para corrigir erros na organização das eleições”.

“ A nossa maior preocupação é de completarmos o ciclo eleitoral nesta décima legislatura que tem a ver com a autarquia embora temos a consciência clara de que não será em todo o país mas, pelo menos iniciar com alguns regiões e sectores como matéria piloto para completar o ciclo democrático que não aconteceu desde 1994, (ano que o país entrou em multipartidarismo) ”, explica para depois assegurar que “ estamos a encorajar o governo a fazer esse trabalho e criar condições de diálogo com todas as forças vivas na nação par ultrapassar os problemas que envolvem a realização das eleições presidenciais”.

O governo iniciou no passado sábado (24/8) as correcções e omissões de cartão de eleitor no país.

Perante este facto o Secretário Nacional Interino do PAIGC, Adriano Ferreira, diz que os libertadores congratulam-se com executivo em corrigir os erros detectados.

“Na opinião do PAIGC é justo e é uma atitude digna do governo que visa o respeito ao cidadão que são impedidos de votar no escrutínio de 10 Março passado uma vez que no artigo 3 de lei eleitoral consta a correcção”, explicou Adriano Ferreira.

Por sua vez Baptista Té em representação de Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) defendeu o respeito da lei eleitoral uma vez que a correcção devia ser feita na altura de recenseamento eleitoral, “não agora”.

“ Temos que cumprir a legalidade. A lei eleitoral é clara, consta que as correcções deviam ser feitas no momento de recenseamento eleitoral, portanto, como não estamos no recenseamento para efectuar correcções, só nos resta manter o caderno utilizado nas eleições legislativas” , advertiu um dos vice-presidentes da APU-PDGB.

Recorde-se que o PRS, o MADEM G-15 e APU-PDGB já manifestaram que não vão participar nas brigadas de fiscalização dos actos de correcções e omissões no caderno eleitoral que o Governo iniciou no país.

Por: Marcelino Iambi/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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