A greve geral de 15 dias que devia iniciar-se hoje na Função Pública da Guiné-Bissau está “por agora suspensa”, numa trégua de duas semanas, disse à Lusa o secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça.
A decisão de suspender a greve, adiantou Mendonça, vai no sentido de permitir ao novo Governo “tomar o pulso aos assuntos e conhecer de perto” os 47 pontos constantes do caderno reivindicativo que a UNTG tem tentado fazer implementar, há mais de um ano.
A acontecer, seria a nona ronda de greves sucessivas na Função Pública guineense.
Ainda de acordo com o secretário-geral da UNTG, a suspensão da paralisação laboral deveu-se também ao facto de a nova ministra da Função Pública e Modernização do Estado, Fatumata Djau Baldé, se ter deslocado pessoalmente à sede da central sindical, para solicitar tréguas e abertura de negociações.
“Perante um gesto desses, nós não podíamos ser indiferentes”, observou Júlio Mendonça.
A UNTG e a CGSI (Confederação Geral dos Sindicatos Independentes) têm promovido greves na Função Pública para exigir do Governo o cumprimento dos 47 pontos de um caderno reivindicativo que, entre outros, contempla o pagamento de salários e subsídios em atraso aos funcionários de várias instituições estatais, aumento do salário mínimo nacional para 153 euros, bem como a implementação de diplomas legais.
O secretário-geral da UNTG avisa que se dentro de duas semanas a nova ministra não abrir as negociações, a Função Pública será paralisada através de greves sucessivas.
Fonte do Ministério da Função Pública e Modernização do Estado disse à Lusa que Fatumata Djau Baldé tenciona, já na terça-feira, criar a equipa negocial do Governo, para encetar negociações com as centrais sindicais.
Conosaba/interlusofona.info/
Sem comentários:
Enviar um comentário