terça-feira, 9 de julho de 2019

CENTRAL SINDICAL GUINEENSE DÁ TRÉGUAS AO NOVO GOVERNO E CANCELA GREVE GERAL NA FUNÇÃO PÚBLICA


A greve geral de 15 dias que devia iniciar-se hoje na Função Pública da Guiné-Bissau está “por agora suspensa”, numa trégua de duas semanas, disse à Lusa o secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça.

A decisão de suspender a greve, adiantou Mendonça, vai no sentido de permitir ao novo Governo “tomar o pulso aos assuntos e conhecer de perto” os 47 pontos constantes do caderno reivindicativo que a UNTG tem tentado fazer implementar, há mais de um ano.

A acontecer, seria a nona ronda de greves sucessivas na Função Pública guineense.

Ainda de acordo com o secretário-geral da UNTG, a suspensão da paralisação laboral deveu-se também ao facto de a nova ministra da Função Pública e Modernização do Estado, Fatumata Djau Baldé, se ter deslocado pessoalmente à sede da central sindical, para solicitar tréguas e abertura de negociações.

“Perante um gesto desses, nós não podíamos ser indiferentes”, observou Júlio Mendonça.

A UNTG e a CGSI (Confederação Geral dos Sindicatos Independentes) têm promovido greves na Função Pública para exigir do Governo o cumprimento dos 47 pontos de um caderno reivindicativo que, entre outros, contempla o pagamento de salários e subsídios em atraso aos funcionários de várias instituições estatais, aumento do salário mínimo nacional para 153 euros, bem como a implementação de diplomas legais.

O secretário-geral da UNTG avisa que se dentro de duas semanas a nova ministra não abrir as negociações, a Função Pública será paralisada através de greves sucessivas.

Fonte do Ministério da Função Pública e Modernização do Estado disse à Lusa que Fatumata Djau Baldé tenciona, já na terça-feira, criar a equipa negocial do Governo, para encetar negociações com as centrais sindicais.

Conosaba/interlusofona.info/

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