A Polícia Judiciária (PJ) guineense deteve hoje "para mais averiguações" dois médicos que atenderam o antigo presidente do Movimento dos Cidadãos Inconformados (MCCI), Bernardo Catchura, que faleceu na passada sexta-feira, disse à Lusa fonte judicial.
De acordo com a fonte, a PJ da Guiné-Bissau deu ordens de prisão aos médicos Arlindo Quadé, do hospital nacional Simão Mendes, e Lassana Ntchassó, dono de uma clínica privada onde Bernardo Catchura acabou por morrer, aos 39 anos.
A fonte judicial indicou à Lusa que a PJ concluiu "de forma preliminar" que Catchura, um conhecido ativista social, advogado e músico, morreu devido "a uma suposta negligência médica".
Da acareação feita aos dois médicos, a PJ apurou que Bernardo Catchura saiu do Hospital Militar de Bissau, onde lhe foi diagnosticado que estava com uma oclusão intestinal, com uma guia de urgência médica a sugerir que fosse imediatamente submetido a uma intervenção cirúrgica.
O médico no serviço de urgência no dia em que o ativista chegou ao Simão Mendes, Arlindo Quadé, explicou, em conferência de imprensa na segunda-feira, que ao constatar que havia alguns doentes à espera de serem atendidos, Bernardo Catchura preferiu ir para uma clínica.
Acabou por falecer na clínica de Lassana Ntchassó.
Fonte da PJ assinalou que os dois médicos deverão ser entregues ao Ministério Público para a efetivação ou não da sua prisão.
Arlindo Quadé e Lassana Ntchassó foram conduzidos da sede da PJ, no centro de Bissau, para as celas da mesma corporação situadas no bairro de Reno.
Conosaba/Lusa
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