O porta-voz do coletivo de advogados do antigo primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, acusou as agências das Nações Unidas na Guiné-Bissau, em particular, o Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) de não reportarem a Nova Iorque e a Genebra o que acontece realmente na Guiné-Bissau, devido à pressão do poder político guineense.
Luís Vaz Martins fez estas acusações na sua declaração aos jornalistas esta quarta-feira, 28 de outubro de 2020, depois da apresentação de uma queixa crime contra o delegado do Ministério Público, Jocelino Pereira, que os advogados de ex-primeiro-ministro acusam de ter cometido os crimes de falsificação, abuso de poder, usurpação de funções públicas, sequestro e restrição ilícita de direitos.
“Nós temos a certeza de que se fizessem uma abordagem fiel daquilo que está a acontecer relativamente à perseguição, de certeza que ao nível superior, teria havido uma tomada de posição das Nações Unidas”, disse Luiz Vaz Martins.
O porta-voz do coletivo de disse que o processo contra o seu constituinte é “perseguição política” para de seguida dizer que o ministério público não pode estar a identificar de forma seletiva, as suas vítimas.
Acrescentou que esperam um impulso deste processo da parte do ministério público para que o acusado possa ser responsabilizado, adiantando que acredita na justiça e caso for arquivado o processo vão acionar os mecanismos previstos na lei para entrar com um processo privado sem o acompanhamento do ministério publico.
Informou aos jornalistas que o seu constituinte está bem e sereno com consciência de que o processo é apenas mais uma perseguição, à semelhança de vários outros de que foi alvo no passado e com convicção de que a justiça um dia será feita.
De acordo com o documento entregue aos jornalistas, o coletivo de advogados exige ao Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, a instauração de procedimento criminal contra o coordenador do Ministério Público junto ao Tribunal Regional de Bissau, para que este possa ser julgado pela prática de crimes contra o antigo Primeiro-ministro, Aristides Gomes.
Por: Epifânia Mendonça
Foto: E.M
Conosaba/odemocratagb
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