Com os resultados provisórios divulgados ao longo da noite pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Cabo Verde e pelas proclamações de vitória por parte dos candidatos até ao momento, o Movimento para a Democracia (MpD) continua a ser o principal partido autárquico, mas passou de 18 para 14 câmaras municipais, enquanto o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) subiu de duas para oito câmaras municipais, igualmente com candidatos próprios.
Os dois partidos (MpD lidera o governo cabo-verdiano e PAICV a oposição no parlamento) voltam assim a ter a mesma relação de forças no poder autárquico anterior às eleições municipais de 2016.
Segundo dados oficiais com 96,8% das 1.346 mesas de voto apuradas, estas oitavas eleições municipais em Cabo Verde registaram uma taxa de abstenção de 41,6%.
Além da Praia, capital do país -- cuja derrota foi assumida pelo actual autarca, Óscar Santos -, o MpD perdeu para o PAICV, nestas eleições, as câmaras municipais de São Filipe (ilha do Fogo), Tarrafal, São Domingos e Ribeira Grande (Santiago), tendo conquistado a de Ribeira Brava (São Nicolau), que desde as eleições de 2016 era liderada por independentes.
O MpD manteve ainda as câmaras do Sal, Maio, Brava, São Vicente (perdendo a maioria), Tarrafal (São Nicolau), Porto Novo, Paul e Ribeira Grande (Santo Antão), Santa Catarina (perdendo a maioria), São Salvador do Mundo, São Lourenço dos Órgãos e São Miguel (Santiago).
O PAICV, além de manter as duas câmaras municipais que já detinha, em Santa Cruz (Santiago) e Mosteiros (Fogo), e de conquistar cinco ao MpD, também venceu a câmara da Boa Vista (embora com maioria na assembleia municipal do MpD), que antes estava nas mãos do independente José Luís Santos, que nestas eleições liderou a lista do MpD, tendo sido derrotado.
Conosaba/ANG/Angop
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