sexta-feira, 23 de outubro de 2020

“OBRAS DA ESTRADA SAFIM-JUGUDUL PODEM ARRANCAR NO INÍCIO DO PRÓXIMO ANO ” – Ministro da Economia


O ministro da Economia, Plano e Integração Regional, Vitor Mandinga, anunciou esta quinta-feira, 22 de outubro de 2020, que as obras de construção da estrada que liga Safim/Jugudule a ponte sobre o rio Farim (norte do país) e a estrada Farim (na Guiné-Bissau) e Tanaf (no Senegal) podem arrancar, provavelmente, no início do próximo ano. Mandinga fez esse anúncio à margem do encontro de trabalho com uma delegação senegalesa chefiada pelo ministro da Economia, do Plano e da Cooperação do Senegal, Amadou Hott. 

Vitor Mandinga sublinhou que o governo está a dar passos positivos na criação de infraestruturas, no âmbito do programa “Hora Tchiga”. Uma das componentes do programa é a questão dos financiamentos do setor da agricultura. Para Vitor Mandinga, se o financiamento fosse desbloqueado, permitiria que em Bafatá, empresas internacionais ligadas ao setor agrícola trabalhassem em colaboração com empresas nacionais, integrando a produção tradicional. 

Sublinhou que nas discussões colocaram a tónica no Programa Nacional do Desenvolvimento, na reforma em curso na Função Pública e a transformação digital.

Vitor Mandinga revelou que graças à intervenção do seu homologo senegalês, o governo poderá conseguir mobilizar do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) cerca de quinhentos (500) milhões de francos CFA, para executar os trabalhos prévios da reforma: atualização de um de conjunto de dados e a instalação dos sistemas de controlo biométrico.

Para além dessa verba, o ministro da Economia referiu que o BAD aceitou também reformular fontes de financiamentos já existentes e, eventualmente, garantir que, uma vez iniciada a reforma, se possa ter dinheiro para reconversão dos incidentes. 

O ministro senegalês, Amadou Hott, explicou na sua declaração aos jornalistas que está no país no âmbito de uma visita que visa reforçar a cooperação e a relação da amizade e de fraternidade que liga a Guiné-Bissau e o Senegal. Frisou que a sua missão baseia-se nas instruções dos chefes de Estado dos dois países, Macky Sall do Senegal e Úmaro Sissoco Embaló da Guiné-Bissau.


“Estamos aqui para analisar os pontos precisos da cooperação no plano económico e do desenvolvimento para ver como podemos partilhar experiências para evitar eventuais falhas ou aprender com os erros dos outros, bem como melhorar programas, projetos e as reformas que estão em vias de implementação nos dois países, para melhorar o bem-estar das nossas populações”, assegurou o governante senegalês.

Explicou que no quadro da cooperação, a Guiné-Bissau e o Senegal partilharam igualmente experiências sobre projetos regionais com o propósito de reforçar a cooperação sub-regional, sobretudo nos domínios das infraestruturas e também nos domínios das trocas comerciais e económicas. Neste sentido, lembrou que os dois países partilham uma longa linha fronteiriça, por isso alertou que é importante reforçar a mobilidade das pessoas e bens através d construção de infraestruturas que permitirão melhorar essas condições.

“Foi neste quadro que vamos submeter um projeto de financiamento ao Banco Africano do Desenvolvimento, por exemplo, para financiar a estrada que liga o setor de Farim (Guiné-Bissau) a Tanaf (Senegal), para reforçar a integração sub-regional. Falamos também sobre agricultura e concluímos que é importante começar a pensar na transformação local dos produtos”, contou.







Por: Carolina Djeme/Assana Sambú

Conosaba/odemocratagb

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