Várias denúncias estão a ser feitas por populares de diferentes zonas do país dando conta de novas actividades de cortes clandestinas nas matas.
Facto mais alarmante está acontecer no sector de Bigene, que de acordo com uma fonte que pediu anonimato à Radio Sol Mansi, as cortes retomaram neste sector concretamente na tabanca de Capal, sendo que a espécie de (pó de sangue) é a mais visada.
De acordo com a fonte, o facto é de conhecimento das autoridades florestais que, no entanto dizem não poderem intervir devido a cumplicidade de próprias autoridades superiores.
O grupo em acção no terreno é composto de cidadãos estrangeiros provavelmente da vizinha República do Senegal, o que vem confirmar segundo a nossa fonte, a cumplicidade das autoridades nacionais, uma vez que estes cidadãos não conhecem o território e nem as matas daquela zona.
Estes relatos começaram a circular semanas depois do governo ter apresentado uma proposta para abertura de um “regime especial” de cinco anos na moratória que proíbe o corte de árvores no país.
O facto tem dividido a opinião dos activistas, ambientalistas e a sociedade em geral apontando que caso o presidente da República venha a promulgar um decreto proposto pelo executivo, os madeireiros que operam no sector florestal guineense poderão voltar abater árvores, que não podiam fazer desde 2015.
Antes mesmo que se concretize a proposta do governo, a pressão voltou as matas do país, entretanto os dados do Governo, sobre corte feita nas matas do país durante o período de 2015 apontam que, naquele período, cerca de 900 mil metros cúbicos da floresta guineense foram abatidos por madeireiros…!!!
Ministro do ambiente considera de especulação as denúncias de abate de árvores nas regiões
Entretanto, o ministro do Ambiente e da Biodiversidade Viriato Cassama considerou de especulação as denúncias sobre um eventual retorno de abate dos troncos nas matas do país
“As árvores ainda não começaram a ser exploradas é uma simples especulações. Nós, (governo) estamos a fazer os nossos trabalhos de forma responsável”, garantiu o ministro de Ambiente Viriato Cassama, que falava, esta segunda-feira, aos jornalistas à margem do encontro sobre balanço de formação destinada aos inspectores do Ambiente no domínio das legislações ambientais.
De acordo ainda com Viriato Cassama, “ninguém foi autorizado por enquanto a explorar os troncos nas florestas da Guiné”.
Após o anúncio da decisão do governo de instituir um regime excepcional para o abate e exploração de alguma espécie da floresta, várias vozes insurgiram contra esta intenção, activistas ambientalistas e especialistas acusando o executivo de ter uma visão financeira na gestão da floresta desvalorizando a biodiversidade, justificando que o Estado não tem meio para fiscalizar as empresas madeireira para cumprirem com as limitações de abate das árvores.
Em relação aos protestos e acusações feitas ao executivo, o ministro do Ambiente e da Biodiversidade, garantiu que “a exploração vai ser fiscalizada, e desta vez a emissão das licenças vai ser visada por nós ministros de Agricultura e Ambiente, para que possamos dar mais conforto aos cidadãos e a comunidade internacional sobre o início da exploração de alguma espécie florestal”, prometeu.
Despacho governamental para um eventual retorno de exploração florestal já está na posse do chefe do Estado, Umaro Sissoco Embalo. Nas redes sociais circulam a petição para que o presidente da República não promulgue o decreto.
O país tem uma moratória que vigora a quase seis anos e que impede o abate de espécies protegidas.
Por: Braima Sigá/ Amadi Djuf Djaló/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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