Por: yanick Aerton
No campo político, o ato
de apoiar é voluntário, por isso é que o cidadão, se assim o entender, pode
apoiar este, num dado momento, e noutro momento apoiar outro ator ou
organização política, na qual se revê. É nessa ótica que nas legislativas do
ano transato apoiei o meu partido, e nas presidenciais apoiei sem reservas o
candidato do MADEM G15 as presidenciais, General Umaro Sissoco Embaló.
Mas isso não me tira o
direito de emitir a minha opinião sobre a gestão do país onde nasci e em que
vivo, como exercício de cidadania activa.
Temos que ter a coragem
de reconhecer nas acções do adversário, aquilo que é bom, e criticar o que
entendemos não ser conforme aquilo que é de interesse geral, no sentido de ser
melhorado e poder assim corresponder às expectativas.
Sem ter na minha posse
todos os elementos, mas uma das melhores decisões tomadas no ministério da
agricultura durante o consulado da senhora ministra Dra. Nelvina Barreto,
Jurista de formação e bem formada, foi a moratória no abate da madeira para
lutar contra a devastação da nossa floresta, pondo termo aquilo que se pode
considerar de crime sobre essa mesma floresta e evitar o avanço da deserto.
Em 2015, o governo aprovou
uma moratória de cinco anos que proibia o abate de qualquer árvore que é
transformada em madeira devido a pressão que se verificou sobre a floresta
guineense entre 2012 e 2014, período em que a
nossa floresta se transformou num autêntico Far West, tendo produzido
muitos milionários, a custa do sacrifício do bem comum, moratória essa que
terminou em Abril passado.
A pasta da agricultura é
agora assumida por um quadro dirigente do MADEM G15, cota Abel formado nas
escolas do PAIGC, um quadro de referência que teve um percurso político
invejável, de quem se esperava atitudes mais revolucionárias e defensoras do
interesse colectivo, mas pelos vistos as coisas parecem não estar sob o seu
total controlo.
Além do titular da pasta
da agricultura, aquele ministério repleto de especialistas em vários domínios,
tem a sorte de ter como DG das Floretas o também quadro de referência,
dirigente do PRS, manu Braima Nhantcho Mané, vulgo Braima
Cubano. Um patriota, um revolucionário, um defensor dos sem-voz, um
quadro comprometido com os interesses do colectivo e não de grupos de
interesses.
Esperava-se tudo dessa
equipa 6 estrelas, menos a adoção de políticas que ponham em causa aquilo que
de mais louvável se pensou e executou em 2015, quando corajosamente se pós
termo a prática daquilo que se pode considerar de crime – o abate das
nossas árvores, sobretudo o PAU SANGUE. Porque o que se
perspectiva, com essa proposta agora encaixa perfeitamente nesse âmbito, a
destruição de uma das nossas riquezas a favor do enriquecimento de uma certa
gente que de patriotismo se questiona.
O GOVERNO DA GUINE BISSAU QUER ABRIR
UM PERÍODO DE CINCO ANOS PARA QUE OS MADEIREIROS QUE OPERAM NAS FLORESTAS
GUINEENSES POSSAM RETOMAR O ABATE DAS ARVORES.
PORQUÊ E EM NOME DE QUÊ?
Em vez de renovar a
moratória por pelo menos mais 10 anos, e concentrar as suas energias na
reflorestação para transformar todo o Leste do país numa ZONA VERDE, mandando
plantar milhões de arvores e instituir um prémio para os mais activos, o
executivo quer facilitar a reedição do lamentável cenário de 2012-2014.
Em nome da preservação da
nossa floresta e da defesa dos interesses das futuras gerações, pedimos ao
ministro que reconsidere essa sua posição, e se insurja contra todos os que
queiram influenciá-los para enveredar por esse caminho, sob pena de após deixar
as funções, ser lembrado como um dos maiores cúmplices nessa desagradável
aventura.
Que o General
Presidente vete esse decreto-lei caso seja aprovado em conselho
de ministros, porque o povo escolheu os seus líderes para serem
servidos e os seus interesses defendidos, e não o contrário.
O nosso apoio a este
regime é inequívoco, mas na qualidade de jovem que sonha com um amanhã melhor,
nunca vou defender políticas que não contribuam para criar melhores condições
para as gerações futuras.
Os Guineenses devem estar
mobilizados para defender os seus recursos. Para isso, não há “ladu ladu”, nous
sommes tous concernés.
Boca di tudo djintis dibi di sta la,
pabia és ica PAIGC, MADEM G15, PRS, APU ou uturs, és i GUINE, i defesa di
património comum, i defesa di GUINENDADI.
;; jovens no lanta contra corta
tronco mas na guine âmi yanick Da
primeiro tiro na luta contra trunkeros
VIVA A GUINE-BISSAU!
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