quinta-feira, 15 de outubro de 2020

SAKUR OH!

 

Por: yanick Aerton

No campo político, o ato de apoiar é voluntário, por isso é que o cidadão, se assim o entender, pode apoiar este, num dado momento, e noutro momento apoiar outro ator ou organização política, na qual se revê. É nessa ótica que nas legislativas do ano transato apoiei o meu partido, e nas presidenciais apoiei sem reservas o candidato do MADEM G15 as presidenciais, General Umaro Sissoco Embaló.

Mas isso não me tira o direito de emitir a minha opinião sobre a gestão do país onde nasci e em que vivo, como exercício de cidadania activa.

Temos que ter a coragem de reconhecer nas acções do adversário, aquilo que é bom, e criticar o que entendemos não ser conforme aquilo que é de interesse geral, no sentido de ser melhorado e poder assim corresponder às expectativas.

Sem ter na minha posse todos os elementos, mas uma das melhores decisões tomadas no ministério da agricultura durante o consulado da senhora ministra Dra. Nelvina Barreto, Jurista de formação e bem formada, foi a moratória no abate da madeira para lutar contra a devastação da nossa floresta, pondo termo aquilo que se pode considerar de crime sobre essa mesma floresta e evitar o avanço da deserto.

Em 2015, o governo aprovou uma moratória de cinco anos que proibia o abate de qualquer árvore que é transformada em madeira devido a pressão que se verificou sobre a floresta guineense entre 2012 e 2014, período em que a nossa floresta se transformou num autêntico Far West, tendo produzido muitos milionários, a custa do sacrifício do bem comum, moratória essa que terminou em Abril passado. 

A pasta da agricultura é agora assumida por um quadro dirigente do MADEM G15, cota Abel formado nas escolas do PAIGC, um quadro de referência que teve um percurso político invejável, de quem se esperava atitudes mais revolucionárias e defensoras do interesse colectivo, mas pelos vistos as coisas parecem não estar sob o seu total controlo.

Além do titular da pasta da agricultura, aquele ministério repleto de especialistas em vários domínios, tem a sorte de ter como DG das Floretas o também quadro de referência, dirigente do PRS, manu Braima Nhantcho Mané, vulgo Braima Cubano. Um patriota, um revolucionário, um defensor dos sem-voz, um quadro comprometido com os interesses do colectivo e não de grupos de interesses.

Esperava-se tudo dessa equipa 6 estrelas, menos a adoção de políticas que ponham em causa aquilo que de mais louvável se pensou e executou em 2015, quando corajosamente se pós termo a prática daquilo que se pode considerar de crime – o abate das nossas árvores, sobretudo o PAU SANGUE. Porque o que se perspectiva, com essa proposta agora encaixa perfeitamente nesse âmbito, a destruição de uma das nossas riquezas a favor do enriquecimento de uma certa gente que de patriotismo se questiona. 

O GOVERNO DA GUINE BISSAU QUER ABRIR UM PERÍODO DE CINCO ANOS PARA QUE OS MADEIREIROS QUE OPERAM NAS FLORESTAS GUINEENSES POSSAM RETOMAR O ABATE DAS ARVORES.

PORQUÊ E EM NOME DE QUÊ?

Em vez de renovar a moratória por pelo menos mais 10 anos, e concentrar as suas energias na reflorestação para transformar todo o Leste do país numa ZONA VERDE, mandando plantar milhões de arvores e instituir um prémio para os mais activos, o executivo quer facilitar a reedição do lamentável cenário de 2012-2014.

Em nome da preservação da nossa floresta e da defesa dos interesses das futuras gerações, pedimos ao ministro que reconsidere essa sua posição, e se insurja contra todos os que queiram influenciá-los para enveredar por esse caminho, sob pena de após deixar as funções, ser lembrado como um dos maiores cúmplices nessa desagradável aventura.

Que o General Presidente vete esse decreto-lei caso seja aprovado em conselho de ministros, porque o povo escolheu os seus líderes para serem servidos e os seus interesses defendidos, e não o contrário.

O nosso apoio a este regime é inequívoco, mas na qualidade de jovem que sonha com um amanhã melhor, nunca vou defender políticas que não contribuam para criar melhores condições para as gerações futuras.

Os Guineenses devem estar mobilizados para defender os seus recursos. Para isso, não há “ladu ladu”, nous sommes tous concernés.

Boca di tudo djintis dibi di sta la, pabia és ica PAIGC, MADEM G15, PRS, APU ou uturs, és i GUINE, i defesa di património comum, i defesa di GUINENDADI.

;; jovens no lanta contra corta tronco mas na guine âmi yanick  Da primeiro tiro na luta contra trunkeros

VIVA A GUINE-BISSAU!

VIVA O INTERESSE COLETIVO!

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