Maputo, 15 out 2020 (Lusa) - O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o seu homólogo da África do Sul, Cyril Ramaphosa, trocaram na quarta-feira informações sobre a situação da segurança na região, com destaque para o "terrorismo" em Cabo Delgado, informou hoje um comunicado oficial.
"Durante a conversa [telefónica], os governantes trocaram informações sobre a situação da segurança prevalecente na região, com realce para a questão do terrorismo e outras ameaças, tendo o Presidente Nyusi atualizado o Presidente sul-africano sobre a situação de segurança em Moçambique", escreve a Presidência moçambicana em comunicado, sem, no entanto, avançar mais detalhes sobre a conversa.
A província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, é palco há três anos de ataques armados desencadeados por forças classificadas como terroristas.
A violência provocou uma crise humanitária com mais de mil mortos e cerca de 250.000 deslocados internos.
Além da situação de insegurança em Moçambique, Ramaphosa, que é presidente em exercício da União Africana (UA), e Filipe Nyusi, que é presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), "trocaram informações sobre a evolução da covid-19 na região, as lições aprendidas e o seu impacto socioeconómico", acrescenta o comunicado.
Em África, há 39.122 mortos confirmados em mais de 1,6 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
A África do Sul é o país mais afetado do continente, com 696.414 casos e 18.151 mortes. Moçambique é, entre os países lusófonos em Ágrica, o que regista maior número de casos: 10.392 casos e 73 mortes.
Sem comentários:
Enviar um comentário