A chefe do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), na Guiné-Bissau, Eunice Esteves, revelou esta segunda-feira (19.10), que há cerca de oito mil refugiados no país, que se encontram em processo para adquirir a nacionalidade guineense.
À saída de uma audiência com o presidente da república, Umaro Sissoco Embaló, a responsável informou que está em curso o registo de nascimento dos refugiados, o que vai culminar com a aquisição da cidadania da Guiné-Bissau:
“Neste momento, está em curso o registo de nascimento dos refugiados que foram registados e que querem adquirir a nacionalidade guineense, no âmbito do processo de naturalização, aprovado em 2017. Estamos na fase de finalização deste projeto e faltam registar cerca de 1900 cidadãos Refugiados. O levantamento foi feito na Região de Cachéu (no norte) e em Bissau. O número ronda cerca de oito mil refugiados. Com base nestes oito mil refugiados é que estamos a fazer o registo de nascimento”, disse Eunice Esteves.
A chefe do Escritório do ACNUR explicou que a maior parte dos refugiados é oriunda do Senegal e reside na Região de Cachéu.
Mas, Eunice Esteves explicou que “O facto de serem naturalizados, não significa que a integração vai ficar apenas, para o autorendimento, porque agora, sendo naturais da Guiné-Bissau, os direitos e deveres (dos refugiados) mudam-se. Portanto, tem que haver uma maior sensilização e capacitação dos cidadãos agora naturalizados, no sentido de saberem quais são os seus direitos e deveres”, refere.
Em 2017, O Governo da Guiné-Bissau e o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) assinaram um documento para a atribuição da nacionalidade guineense a cerca de 10.000 refugiados que se encontravam no país.
Por Iancuba Dansó
Conosaba///capitalnews.gw
Sem comentários:
Enviar um comentário