O líder cessante da União Patriótica Guineense (UPG) e candidato à sua própria sucessão, Fernando Vaz, pediu hoje, 11 de Agosto 2018, a demissão do governo de Aristides Gomes pela “incapacidade revelada” pelo executivo em cumprir com a sua missão principal de realizar eleições legislativas de 18 de Novembro.
Vaz falava aos jornalistas depois da cerimónia de abertura do 3° Congresso Ordinário do seu partido que decorre de 11 a 12 do mês em curso, nas instalações do Espaço Cultural “LENOX”, sob o lema “Nó uni pá na Kumpu Guiné – Unamo-nos para construir a Guiné”.
O conclave da UPG conta apenas com uma lista designada de “lista solidária’ encabeçada por Fernando Vaz, que vai pedir a confiança aos 1050 delegados eleitos nas bases a nível de diferentes regiões do país. Fernando Vaz explicou à imprensa que o executivo liderado por Aristides Gomes não está a altura para realizar as eleições agendadas para 18 de Novembro.
“Nós acreditamos que há uma data legal e há um processo em que todas as forças políticas foram auscultadas e manifestaram as suas intenções na realização das eleições na data marcada”, lançou.
Disse que o atual executivo foi instituído para este efeito, mas passou a metade do tempo do seu mandato sem fazer nada. “Acho que o governo agiu de má-fé! É um governo incompetente e incapaz de cumprir o mandato para que foi investido, portanto o Presidente da República terá que tomar as medidas para que as eleições se realizem no dia 18 de Novembro”, advertiu o político.
Solicitado a pronunciar-se sobre as medidas que devem ser tomadas, avançou que as medidas devem ser a demissão deste governo e formar um governo, que, na sua opinião, será capaz de organizar as eleições.
“O mandato deste governo foi a realização das eleições. No 50 por cento do seu mandato não fez absolutamente nada. Apenas vimos compras de viaturas e gastos excessivos no aparelho do Estado e a corrupção. Vimos um desmando total, portanto não vimos absolutamente nada sobre a realização das eleições. Vimos a criação de cenários fictícios ilegais, que não têm nada a ver com a nossa lei eleitoral”, acusou.
Sobre o congresso, disse que o partido está a cumprir uma obrigação estatutária, dado que a direcção já estava caducada desde o agosto do ano passado. Acrescentou ainda que a realização do congresso é uma das exigências legais para participar nas eleições.
“Vamos definir aqui novas estratégias que permita o partido sair como o vencedor das eleições legislativas”, notou.
Por: Assana Sambú
Foto: AS
Conosaba/faladepapagaio/OdemocrataGB
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