Elementos das forças da Renamo.
A desmobilização, desarmamento e reintegração são processos de longo prazo e requerem uma conferência em termos de recursos, sobretudo financeiros, diz Calton Cadeado.
Alguns analistas moçambicanos não acreditam que seja possível concluir o processo de desmilitarização do braço armado da Renamo até ao período das eleições autárquicas de 10 de Outubro próximo em Moçambique, dada a sua complexidade.
O Governo, na voz do Presidente da República, Filipe Nyusi, tem reiterado que as eleições municipais se devem realizar com o processo de desmilitarização concluído.
Contudo, o académico Calton Cadeado tem quase que certeza absoluta de que isso não será possível, porque a desmobilização, o desarmamento, a reintegração e integração são processos de longo prazo e requerem uma conferência em termos de recursos, sobretudo financeiros.
A Renamo tem estado a defender aquilo que considera reintegração justa e digna dos seus homens, e Calton Cadeado diz que este é um dos aspectos cruciais dete processo todo.
Por seu turno, Raúl Domingos, que chefiou a delegação da Renamo às negociações que terminaram com a assinatura do Acordo Geral de Paz, em 1992, em Roma, diz que "falando humanamente, não é possível concluir o processo de desmilitarização antes das eleições de 10 de Outubro".
Domingos diz que "o acordo previa um período de um ano para todo o processo de acantonamento e desmobilização das forças militares, preparação das eleições e repatriamento das pessoas que se tinham refugiado em países vizinhos, mas na prática viu-se que não era possível e então passou-se para dois anos".
Conosaba/Voa
Sem comentários:
Enviar um comentário