O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados projecta para os próximos dias 27, 28 e 29 do mês em curso, uma manifestação pública contra as negociações de partilha da zona comum de exploração entre a Guiné-Bissau e o Senegal
A projecção foi transmitida, na manhã desta terça-feira (14), pelo presidente do movimento, Sana Cante, durante a conferência de imprensa.
De acordo com Cante a zona em causa “em nenhuma circunstância” pertenceu a República do Senegal, por isso não devia existir nenhuma negociação para a partilha de exploração de petróleo entre a Guiné-Bissau e Senegal.
“Esta é uma exploração da Guiné-Bissau. (…) Zero por cento para o Senegal. Ao Senegal deve ser exigido a retirada naquela zona”, sustenta.
Para o activista, o governo liderado por Aristides Gosmes não tem nenhuma legitimidade para promover qualquer tipo de negociação, porque é um governo criado na base de um acordo para realizar as eleições legislativa. Os inconformados não compreendem “a pressa” do chefe de Estado e do governo sobre a matéria.
“Este governo não tem nenhuma legitimidade para promover qualquer tipo de negociações porque não resulta das eleições. Então, qual é a pressa do presidente José Mário Vaz e qual é a pressa deste governo”, interroga.
No que se refere a eleição legislativa marcada para o próximo dia 18 de Novembro, Sana Cante, adverte os responsáveis competentes a cumprirem a data marcada.
“As eleições de 18 de Novembro não vão ser adiadas porque, caso contrário, tanto o presidente, o parlamento ou o governo vão cair e ainda bem que, neste momento, o primeiro-ministro voltou a encontrar a convicção que afinal é possível realizar as eleições na data prevista e é preciso realizar o recenseamento eleitoral. Dia que o primeiro-ministro voltar a perder esta convicção, independentemente da data de eleições, então que a acompanhe com a sua carta de demissão”, ameaça.
Sana Cante, protesta por outro lado o anteprojecto da lei de atribuição de subvenção vitalícia aos titulares dos cargos políticos – aprovada, na semana passada, pelos deputados da nação.
“Quando com testamos a prorrogação da legislatura, automaticamente tudo o que resulta da aprovação do parlamento por nós não vale a pena e nem faz nenhum sentido. Mas em caso concreto, ressalvamos, as mulheres conseguiram aprovar a lei da quota e a pensão vitalícia veio balizar uma tradição crónica. O povo deve continuar a lutar todo este oportunismo. É uma lei aprovada mas faremos uma questão para, depois das eleições, todas estas leis sejam revogadas”, determina.
Na secção de dia 08 do mês em curso, 80 dos 82 deputados presentes votaram a favor do anteprojecto da lei de atribuição de subvenção vitalícia aos titulares dos cargos políticos.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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