Gibril Baldé, secretário para Assuntos Políticos e Institucionais e porta-voz nacional do MADEM-G15.
Porta-voz do partido reitera que o secretário de Estado da Ordem Pública arrombou a sede do MADEM-G15 em Gabú que continua na posse dele
No início da semana, o Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), acusou o secretário de Estado de Ordem Pública, José Carlos Macedo Monteiro, de arrombar as portas da sede de partido em Gabú, na sexta-feira, 10 de maio.
Como a Voz da América informou na altura, ainda segundo aquele partido, Monteiro realizou um comício em nome da formação política, "numa clara e ilegal campanha eleitoral de apoio ao atual Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló".
O governante reagiu desafiando o coordenador do partido, Braima Camará a "render-se" e membros no Governo que não estão em sintonia com o Presidente da República a demitir-se.
O secretário para Assuntos Políticos e Institucionais e porta-voz do MADEM-G15 reafirma o assalto e diz que Umaro Sissoco Embaló distanciou-se das suas competências.
"Presidente da República está a desviar-se das suas competências", diz porta-voz do MADEM-G15
Gibril Baldé reitera a acusação contra o secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Monteiro.
"Estão aí as provas, temos vídeo, arromabaram, sim, as portas, confessaram ter arrombado as portas, estão aí, até hoje ainda a sede está com eles", reitera Baldé, quem diz ter feito diligências junto das autoridades competentes para que a sede seja devolvida, de forma pacífica ao MADEM-G15.
Quanto ao desafio lançado pelo governante de que quem não está alinhado com o Presidente da República deve deixar o Governo, o porta-voz do segundo partido mais votado nas legislativas de 4 de junho de 2023 afirma que as pessoas do MADEM-G15 que se encontram no Executivo foram convidadas a nível pessoal.
"São da confiança exclusiva do Presidente, foram por ele escolhidas. Não foi o MADEM que escolheu essas pessoas para estarem lá e caberá a essas pessoas acompanharem o partido na sua agenda ou assumirem como cidadãos e continuarem no Governo se quiserem", sustenta aquele responsável, lembrando que "isto não está a acontecer apenas com o MADEM”.
"O PAIGC tem lá altos dirigentes, o próprio primeiro-ministro é um alto dirigente do PAIGC, estão lá altos dirigentes do PRS e de outros partidos", aponta Gibril Baldé. Umaro Sissoco Embaló foi um dos fundadores e vice-coordenador do MADEM-G15, partido que desde a primeira hora o apoiou, mas o porta-voz daquela formação política admite grandes divergências com o Presidente da República.
Baldé reitera que o MADEM-G15 "tem uma agenda própria, de um partido político, o Presidente devia ser o Presidente de todos os guineenses a partir do momento em que foi eleito, mas nós entendemos que neste momento está a desviar-se das suas competências, não está a cumprir com as suas obrigações constitucionais".
Por isso, o partido se assume "como organização política discordando com a condução do Presidente".
A Voz da América tentou, em várias ocasiões e durante alguns dias, falar com o secretário de Estado da Ordem Pública, Jose Carlos Monteiro, e com o porta-voz da Presidência, mas não houve qualquer reação.
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