O Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República Popular da China na Guiné-Bissau, Yang Renhua afirmou que o governo guineense adere firmemente ao “Princípio de Uma Só China” e também apoia as posições da China nas ocasiões multilaterais como na ONU, quanto à questão de Taiwan, apoiando aquele país asiático a defender os seus interesses nucleares.
“A China e a Guiné-Bissau são bons irmãos e bons amigos que dependem uns do outro. No período de luta pela independência do país e libertação nacional da Guiné-Bissau, os revolucionários de geração mais velha dos dois países já forjaram a nossa amizade tradicional. As nossas relações bilaterais têm-se aumentado, as confianças políticas mútuas têm-se aprofundado e as cooperações práticas nas várias áreas têm alcançado resultados frutíferos, trazendo benefícios concretos para os dois países e dois povos”, disse o diplomata esta quinta-feira, 16 de maio de 2024, durante a conferência de imprensa realizada numa das salas de reuniões da Embaixada, para reafirmar a posição do seu país de defender o Princípio de Uma Só China”.
Yang Renhua fez uma explicação de fatos históricos, que segundo ele, comprovam que a ilha de Taiwan pertenceu à China desde os tempos antigos, afirmando que muitos documentos históricos registaram os primeiros desbravamentos de Taiwan pelo povo chinês.
“Depois da dinastia Song e Yuan, todos os governos centrais da China começaram a estabelecer estruturas administrativas em Penghu e Taiwan. A partir de 1624, o sul de Taiwan foi ocupado pelos colonialistas holandeses. Em 1662, o General Zheng Chenggong, herói nacional da China, expulsou os invasores holandeses e recuperou a ilha. Em 1684, o governo da Dinastia Qing estabeleceu o governo local de Taiwan, que foi subordinado ao governo da província de Fujian. Estabeleceu-se oficialmente a Província Taiwan em 1885, que era a 20ª província da China na época. Em julho de 1894, o Japão travou uma guerra de invasão contra a China, e no ano seguinte, o governo Qing derrotado foi forçado a ceder Taiwan ao Japão”, contou.
Lembrou que declaração do Cairo emitida pela China, Estados Unidos e Reino Unido em 1943, indica que todos os territórios que o Japão tinha roubado à China incluindo Taiwan e as Ilhas Penghu, devem ser devolvidos à China, tendo acrescentado que a declaração de Potsdam, assinada em 1945 pela China, Estados Unidos e Reino Unido e posteriormente reconhecida pela União Soviética, reiterou que os termos da declaração do Cairo seriam cumpridos.
Contou, na sua declaração, que o Japão aceitou a declaração e anunciou a rendição incondicional, informando que em outubro do mesmo ano, o governo chinês anunciou retomar o exercício da soberania sobre Taiwan e que desde aquele período a China recuperou Taiwan de jure e de fato.
“Existe no mundo apenas uma China, e Taiwan é uma parte inalienável do território da China. O Governo da República Popular da China é o único governo legítimo que representa toda a China. É claramente reconhecida pela Resolução 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1971. O princípio de Uma Só China é uma norma básica das relações internacionais e um consenso universal da comunidade internacional e também a base política com que a China estabeleceu relações diplomáticas com 183 países, incluído a Guiné-Bissau”, assegurou o diplomata, sublinhando que após as eleições para a liderança e a legislatura de Taiwan deste ano, mais de 180 países e organizações internacionais reafirmaram defender o “Princípio de Uma Só China”, e apoiar a parte chinesa a defender a soberania nacional e a integridade territorial.
Explicou que nos últimos dias, alguns “think-tanks” dos países ocidentais deram interpretações más à Resolução 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas de 1971, sobre a retomada do assento legal da China na ONU e a expulsão da autoridade de Taiwan. Acrescentou ainda que a Resolução acima-mencionada foi reconhecida pela maioria dos países no mundo.
“Os aconselhamentos jurídicos profissionais do Secretariado-geral da ONU apontam que Taiwan é uma parte da China. Como uma região da China, Taiwan não tem estatuto independente e governamental de qualquer forma. Frisou que as acusações da parte americana à ONU e as suas “más interpretações da Resolução 2758 é completamente uma torcedura dos factos e é absolutamente inaceitável”.
Questionado se a Taiwan é a linha vermelha que Pequim não permitiria que seja fosse pisada em defesa da sua integridade territorial, respondeu que a posição do governo e do povo chinês em relação à questão de Taiwan é consistente. Enfatizou, neste particular, que a defesa da soberania nacional e integridade territorial é a vontade firme de mais de 1.4 bilhões do povo chinês.
“A reunificação completa é a aspiração comum e a responsabilidade nobre de todos os filhos da nação chinesa. Alguns países utilizam constantemente a questão de Taiwan para interferir nas políticas internas da China, tordom e desafiam o Princípio de Uma Só China, aos quais a China opõem-se resolutamente”, assegurou, advertindo que nenhum país, força e indivíduo deve estimar de maneira errada a determinação firme, a vontade forte e grande capacidade do governo e do povo chinês para defender a soberania nacional e integridade territorial e realizar a reunificação e a revitalização da nação chinesa.
Afirmou que Taiwan acabará por regressar ao “abraço da pátria mãe” e que os dois lados do estreito de Taiwan certamente alcançarão a reunificação, afiançando que esta é a vontade firme de 1.4 bilhões do povo chinês e também a tendência inevitável dos tempos.
Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb.
Sem comentários:
Enviar um comentário