O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, apelou hoje, no Qatar, ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para investigar o que considerou como "crimes de guerra" cometidos por Israel na Faixa de Gaza.
"Está em curso um crime de guerra", declarou o chefe de Estado sul-africano, referindo-se ao recente alegado ataque israelita contra o hospital palestiniano al-Shifa.
"É necessário que o mundo inteiro se levante e apele ao Governo israelita para um cessar-fogo, para parar o que está a acontecer, e queremos que o TPI investigue e que sejam tomadas medidas legais a nível global", afirmou Ramaphosa, de visita ao Qatar, citado pela imprensa sul-africana.
Nesse sentido, o Presidente Ramaphosa, que iniciou hoje a sua primeira visita oficial a Doha, referiu que a África do Sul procura um consenso global para que o Tribunal Penal Internacional investigue a "conduta" de Israel no enclave palestiniano de Gaza.
"O nosso compromisso com a luta dos palestinianos é irrevogável e irá além da política, será muito prático", adiantou o Presidente sul-africano, indicando que Pretória tenciona enviar ajuda humanitária para os palestinianos, em Gaza.
Em Doha, Ramaphosa procura reforçar as relações económicas e de investimento com o Qatar, nomeadamente nas áreas do comércio, indústria, agricultura, defesa e energia, segundo uma nota da Presidência da República sul-africana.
A África do Sul é um investidor significativo no Qatar, particularmente no setor petroquímico através da sul-africana SASOL com um investimento total de aproximadamente 8,7 mil milhões de dólares (cerca de oito mil milhões de euros), adiantou.
Conosaba/Lusa
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