quinta-feira, 16 de novembro de 2023

"Guiné-Bissau ganhou visibilidade internacional positiva"


«Desfile» Discurso do Presidente da República da Guiné-Bissau, General Umaro Sissoco Embaló na Celebração do 50 aniversário da Independência Nacional e dia das Forças Armadas.16 de Novembro de 2023.



A Guiné-Bissau assinala esta quinta-feira, 16 de Novembro, oficialmente os 50 anos da independência. No discurso à nação, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, disse que "a Guiné-Bissau conseguiu ganhar visibilidade internacional positiva" nos últimos três anos, ou seja, o período desde que é Presidente, acrescentando que "a Guiné-Bissau mudou pela positiva".

A Guiné-Bissau assinala esta quinta-feira, 16 de Novembro, oficialmente os 50 anos da independência. No discurso à nação, o Presidente guineense lembrou que os primeiros anos de independência não foram fáceis, afirmando, porém, que nos últimos três anos o país “conseguiu ganhar visibilidade internacional positiva”. © LUSA - António Cotrim

No discurso à nação, o chefe de Estado guineense começou por lembrar que os primeiros anos da independência não foram fáceis, fazendo referência à crise económica, à inflação e às gravíssimas violações dos direitos humanos, nomeadamente “situações arbitrárias de fuzilamentos”.

Umaro Sissoco Embaló salientou que a celebração no dia de hoje das duas “datas memoráveis para o povo guineense, os 50 anos da proclamação da independência e os 59 anos da Forças Armadas”, é uma dupla homenagem às Forças Armadas “que de forma heroica e gloriosa lutaram para alcançar a, então, sonhada independência”.

O Presidente guineense disse ainda que na década de 90 o país esteve “fora do mapa” da comunidade internacional devido aos golpes de Estado que mergulharam a Guiné Bissau num clima de “instabilidade política persistente”.

No entanto, o chefe de Estado da Guiné-Bissau referiu que “tal como na Luta pela Independência, também hoje, os guineenses devem estar empenhados em desenvolver o país”.

Para Umaro Sissoco Embaló, a Guiné-Bissau conseguiu, nos últimos três anos, “ganhar visibilidade internacional positiva”, acrescentando que o país pode hoje contar com o apoio das organizações internacionais que são “parceiras incontornáveis no esforço para promover o desenvolvimento económico e o bem-estar dos guineenses”.

Guiné-Bissau está no "caminho da estabilidade política e governativa"

Por sua vez, o primeiro-ministro guineense, Geraldo Martins, também disse que o país está no "caminho da estabilidade política e governativa".

"A estabilidade é um processo e não um fim em si. É um processo, sobretudo, para um país como a Guiné-Bissau que ao longo dos anos tem passado por umas tribulações. Eu penso que, todos nós, trabalhando juntos estamos nesse caminho. No caminho da estabilidade política e governativa no nosso país", defendeu.

Sissoco Embaló condecorou António Costa

O chefe de Estado guineense decidiu condecorar o primeiro-ministro português demissionário, António Costa, com a Ordem Nacional Colinas de Boé, das mais altas condecorações atribuídas pelo Presidente da República daquele país africano. O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que já tinha sido condecorado, em 2021, com a medalha Amílcar Cabral, inaugurou uma rua com o seu nome, em Bissau, juntamente com o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

A Guiné-Bissau assinalou hoje oficialmente os 50 anos da independência com as cerimónias oficiais a terem lugar na Avenida Amílcar Cabral, em Bissau.

De acordo com a Presidência guineense 26 países marcam presença nas cerimónias oficiais dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau. Entre os convidados estão, os chefes de Estado de Portugal, da República do Congo, da Nigéria, das Comores, da Gâmbia, do Senegal, da Serra Leoa e do Gabão. Da CPLP, além de Portugal, estarão presentes os primeiros-ministros de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, assim como a ministra dos Combatentes de Moçambique, o chefe da Casa Militar da Presidência Angolana, o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas de Timor-Leste e o primeiro-ministro da Guiné Equatorial.

Conosaba/rfi.fr/pt

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