O deputado da nação Farid Michel Tavares Faduldenunciou que foi “brutalmente” espancado por um grupo de seguranças supostamente pertencentes à Presidência da República, liderados por Tanu Bari.
Em conferência de imprensa esta segunda-feira, 13 de novembro de 2023, Farid Michel Tavares Fadul explicou que foi espancado por este grupo e posto numa dupla cabine sem matrículas e levado para a antiga sede da Ordem de advogados [casa civil da Presidência da República], onde depois de se recuperar de desmaio foi interrogado por quatro agentes dentre eles dois estrangeiros e Tanu Bari.
“Foi no último sábado pelas 22h, quando eu estive ao lado da UNTG a lavar o meu carro e mandei o drone para filmar as zonas de Bissau velho até à estátua Maria da Fonte. Quando terminei a filmagem, apareceu uns agentes que me disseram que eu estava a filmar a Presidência. Disse-lhes que não, que queria mostrar ao mundo a nova imagem do país” explicou com lágrimas, denunciando o roubo do seu telefone, relógio e drone.
“Fui espancado por um grupo de 7 seguranças da Presidência da República liderado por Tanu Bari. Foi uma agressão brutal. Deram-me com coronhadas de armas e desmaiei. Fui posto numa dupla cabine e levado até à antiga sede da ordem de advogados. Puseram-me numa cela de espera, depois apareceram uns agentes que me fizeram algumas perguntas se eu estive a filmar as instalações da presidência, respondi que não estava” explicou ainda, apelando à responsabilização criminal do agente Tanu Bari por este estar a usar a capa de autoridade para cometer “atos bárbaros”.
Sendo supostamente um agente afeto à sua segurança, o deputado pediu ao presidente da República, UmaroSissoco Embaló, que use a sua influência para que o agente Tanu Bari seja traduzido à justiça e consequentemente a sua responsabilização criminal.
Por sua vez, o líder da bancada parlamentar do PRS, Mário Siano Fambé, considera “vergonhoso” o espancamento de um deputado da nação, no caso FaridMichel Tavares Fadul, lembrando que desde 2020 que cidadãos têm sido espancados por elementos da segurança da Presidência da República.
Condenou o ato, tendo apelado que os autores sejam traduzidos à justiça, sublinhando que as forças de segurança e defesa devem atuar dentro de limites estabelecidos pela lei, porque têm aquilo que chamou de deontologia profissional.
Mário Fambé solidarizou-se com o deputado da sua bancada, esperando que o ato do género não venha a repetir-se.
“Precisamos reconciliar. Este ato é triste e lamentável e envergonha-nos a todos. Por isso não deve repetir-se. Que o governo garanta a segurança aos cidadãos e seus bens e que sejam responsabilizados os atores deste ato” exigiu o líder da bancada do PRS, Mário Fambé.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb.
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