terça-feira, 23 de outubro de 2018

«ATÉ A DATA PRESENTE, NÃO VIMOS FUMO DOS RECENSEADORES NO PORTO, QUE FARÁ KITS!» ENQUANTO A POPULAÇÃO GUINEENSE EM GERAL MANIFESTA CONTRA O PROCESSO, CNE NA GUINÉ-BISSAU AFIRMA QUE RECENSEAMENTO ELEITORAL DECORRE "NUM RITMO ACEITÁVEL"



A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau garantiu hoje que o recenseamento para as legislativas marcadas para 18 de novembro, decorre "num ritmo aceitável" e que não tem conhecimento de nenhum protesto conforme a lei.





Em comunicado a que a Lusa teve acesso, a CNE informa ter supervisionado a primeira fase do recenseamento, terminada a 20 deste mês, tendo percorrido várias brigadas do registo de potenciais eleitores, constatando a normalidade no processo.

Os dirigentes da CNE constataram que o número de kits (equipamentos de registo biométrico de eleitores) é reduzido, que a campanha de informação e sensibilização de potenciais eleitores é fraca e que as brigadas do registo permanecem durante pouco tempo nos distritos eleitorais.

Também concluíram que a movimentação das brigadas do recenseamento ocorre sem o conhecimento prévio dos cidadãos interessados em recensear nas suas áreas de residência.

A CNE assinala a ocorrência de alguns incidentes nas mesas do recenseamento, nomeadamente na vila de Fulacunda, no sul, que culminou com a retenção ilegal dos materiais de registo, por um responsável partidário local.

Os equipamentos seriam recuperados pela polícia horas depois.

Um outro incidente ocorreu em Bissau, quando militares ordenaram aos agentes de recenseamento para que entrassem para os aquartelamentos para registar soldados, contrariando a lei eleitoral, refere ainda o comunicado da CNE.

Segundo informações recolhidas pela equipa de supervisão da CNE, já foram recenseadas cerca de 230 mil pessoas, aproximadamente 25% dos potenciais eleitores.

Conosaba/Lusa

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