quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Ambiente/“A nossa Pátria amada é das mais ricas mundialmente em termos de Biodiversidade”, diz Fernando Saldanha

Bissau, 15 Set 21 (ANG) – O Ponto Focal da Redeluso-GuinéBissau, afirmou que o país é das mais ricas mundialmente em termos de Biodiversidade.

Fernando Nacutua Saldanha fez esta declaração no ato de apresentação pública da Comissão Preparatória do VI Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Galiza, a ter lugar de 1 à 05 de novembro deste ano, nas ilhas de São Vicente e Santo Antão, Cabo Verde,em que a Guiné-Bissau vai ser representada por 77 delegados e o convidado de honra será o Presidente da República,Umaro Sissoco Embaló.

Saldanha disse que o país deve ter a maior delegação por 6 motivos, nomeadamente, porque é membro de pleno direito da CPLP e de pleno direito dos Países Africanos da Língua Oficial Portuguesa (PALOPs), frisando ainda que a Guiné-Bissau e Cabo Verde têm fortes laços históricos, socioculturais, consanguíneo e até políticos, por terem em comum, o líder e fundador das suas nacionalidades, Amilcar Cabral.

Outros motivos ainda, segundo Saldanha, é porque geograficamente a Guiné-Bissau é o país mais próximo de Cabo Verde com uma média de duas horas de vôo, porque o país é o único da CPLP que tem um total de 94 ilhas e ilhéus na sua grande maioria banhadas pelo Oceano Atlântico, e nesse preciso momento detém o botão dos congressos, razão pela qual vai passar a testemunha com pompa e circunstâncias para Cabo Verde.

Saldanha apelou ao governo, através dos Ministérios de Ambiente e Biodiversidade, das Pescas e o dos Transportes no sentido de disponibilizarem os apoios financeiros e materiais, o mais depressa possível, tendo em conta os prazos internacionais, conforme o compromisso assumido na VIII Reunião dos Ministros do Ambiente da CPLP, e disse acreditar que o governo vai honrar o compromisso internacional por ele assumido.

De acordo com Fernando Saldanha, a delegação da Guiné-Bissau terá no seu seio os representantes de todos os setores da vida nacional, nomeadamente, órgãos da soberania, governo, instituições públicas e de conservação da biodiversidade, ONG`s vocacionadas, professores, estudantes, investigadores, imprensa, artistas de música moderna/tradicional, crianças promotores de produtos gastronómicos, entre outros.

Disse ainda que é uma comissão verdadeiramente nacional e multisetorial porque começou em Como/Caiar/Canefaque passou por Canhabaque/João Vieira e Poilão, Uno, Onhucomo, Caravela, Caraxe, Pecixe, Jeta e terminou em Varela, a histórica e famosa Praia de Varela obedecendo assim as normas da Comissão Organizadora.

Por sua vez, a representante do Ministro das Pescas no ato, Josefa Pinto disse que torna evidente a importância desse lema para o país como a Guiné-Bissau cuja zona insular é considerada reserva da Biosfera, e que integra muitos ecossistemas.

Acrescentou que o setor das pescas é um dos mais importante na arrecadação de receitas, geração de emprego, na subsistência da comunidade e da segurança alimentar.

Josefa Pinto salientou ainda que em certas zonas, o serviço ecossistémico constitui o único meio de sobrevivência da população local.

Pinto afirmou que muitas pessoas vivem sem ter a consciência de como as suas ações do dia-a-dia tem impato na sustentabilidade do Oceano, de como lhes proporciona inúmeros recursos das quais dependem e nem de como afeta ou regula a qualidade das suas vidas.

“A maior parte dos cidadãos não tem a perceção da importância do Oceano no ambiente, na medicina, economia, emprego e na política”, frisou, salientando que o oceano fornece energia limpa, alimenta as populações com seus recursos haliéuticos, fornecem empregos através das pesças, alimenta o planeta com mais de 50% de oxigénio produzido.

A falta de consciência dos cidadãos sobre esses valores, de acordo com Joseja Pinto, mostra que é preciso transformar o modo de pensar e de agir e mudar de paradigma, e sustenta que, mais do que sensibilizar é preciso incentivar os cidadãos para assumirem novas atitudes sobre o Oceano, visando o desenvolvimento sustentável do setor das pescas.

O VI congresso da Educação Ambiental dos Países da CPLP terá como lema: “Oceano, Lusofonia e Educação Ambiental: Caminhos de Esperança para uma Transformação socioecológica na CPLP”.

Conosaba/ANG/DMG/ÂC//SG

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