A Procuradoria-Geral da República (PGR) da Guiné-Bissau pediu hoje aos familiares das vítimas da greve do setor da saúde para apresentarem queixa nas delegacias locais do Ministério Público.
A PGR "exorta aos familiares das vítimas deste boicote dos serviços hospitalares a apresentarem queixas nas respetivas áreas de jurisdição, ou seja, nas delegacias locais do Ministério Público", refere, em comunicado divulgado à imprensa.
No comunicado, a PGR pede "apela, igualmente, aos pacientes vítimas desta paralisação a denunciarem os profissionais de saúde que lhes recusem atendimento" por estarem em incumprimento com as suas obrigações profissionais.
Os técnicos, entre médicos, enfermeiros e técnicos de apoio médico, iniciaram na semana passada uma paralisação, tendo deixado de comparecer nos hospitais e centros de saúde guineenses, sem garantir os serviços mínimos.
Após a intervenção da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), principal central sindical do país, passaram a garantir a assistência mínima.
Com o boicote, os técnicos da saúde reclamam o pagamento de salários e subsídios em atraso, o seu enquadramento no chamado Estatuto da Carreira Médica e ainda a melhoria de condições laborais nos centros de atendimento de doentes com a covid-19.
O Governo considerou a iniciativa como tendo motivações políticas por parte dos líderes dos sindicatos que representam os técnicos da saúde e a PGR anunciou a abertura de um inquérito.
Conosaba/Lusa
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