Bissau, 22 Set 21 (ANG) - Alguns técnicos de saúde do Hospital Militar estão a prestar o serviço mínimo no maior centro hospitalar do país “Simão Mendes”, na sequência do boicote que os profissionais de saúde levam a cabo, há três dias, em todos os serviços de atendimentos de urgência daquela Instituição, .
Segundo apurou a ANG junto de familiares de doentes internados, a paralisação já causou perdas de vida à pacientes, alguns estão a abandonar o Simão Mendes em busca de assistência noutras instituições hospitalares.
“Apelamos ao governo para o mais rápido possível pôr cobro a situação, porque esta paralisação está a afectar negativamente a vida dos menos possibilitados”, disse Roberto Reis, familiar de
Cadigia Binta Djaló disse que o seu irmão foi operado no passado domingo, e que veio com eke na segunda-feira e foram surpreendidos com a vigência do que os grevistas chamam de boicote. Disse que ficaram dia inteiro sem tratamento.
A imprensa contactou o Director-geral do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM) Silvio Caetano Coelho para se pornunciar sobre o assunto, e em resposta disse que na passada segunda-feira, a Direcção Geral do HNSM foi surpriendido com um boicote total no sector de Saúde.
“Fomos pegos de surpresa com esta decisão dos nossos colegas de serviço. Não houve informação prévia por parte do sindicato, disse Coelho.
Alegou que, se houvesse uma informação sobre a iniciativa desencadeariam uma negociação para um acordo sobre o serviço mínimo.
Para Silvio Caetano, 95 por cento dos técnicos se ausentaram dos seus serviços, e diz que só compareceram os Directores e Enfermeiros Chefes de Serviços de urgência, num número muito reduzido, e sem capacidade para a cobertura de todos as necessidades de atendimentos .
“Para pôr cobro a situação, o governo entendeu por bem que devia enviar alguns técnicos de saúde do Hospital Militar para prestar seviço minimo com atendimento de casos de urgência que aparecem”, sustentou.
Sílvio Caetano disse que diligenciaram, sem sucesso, encontros de negociação com Directores se serviços e Enfermeiros Chefes dos respectivos Serviços.
“Ninguém se dignou sentar-se com a Direcção do Hospital”, revelou Caetano Coelho.
Conosaba/ANG/LLA//SG
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