Seis anos após ter ido à falência, a Guiné telecomunicações vai regressar a um mercado de telecomunicações onde a MTN e a Orange tiveram tempo suficiente para se estabelecer de forma durável.
Na passada terça-feira, 21 de setembro 2021, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Augusto Gomes, remeteu a licença que permite o exercício ao prestador de serviço fixo de telecomunicações e operador de infraestruturas em todo o território nacional.
A cerimónia seguiu-se à de 14 de setembro 2021, durante a qual a sua sucursal móvel Guinetel obteve também uma licença individual única do Conselho de Administração da Autoridade Nacional para a Regulação das Tecnologias de Informação e Comunicação (RNA-TIC).
Augusto Gomes explicou que o regresso das empresas públicas ao mercado nacional das telecomunicações reflete a vontade do Estado de exercer soberania nas telecomunicações, nomeadamente no que se refere à segurança das comunicações e dos dados nacionais.
Em 2014, as empresas Guiné Telecom e Guinetel foram à falência após vários anos de saúde financeira precária. Num mercado aberto à concorrência desde 2003, as duas empresas lutavam para crescer face à forte concorrência da MTN e da Orange.
Em 2015, foi constituída uma comissão interministerial dedicada ao relançamento das duas empresas públicas e o Banco de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD) e do Banco Mundial financiou os estudos técnicos e financeiros necessários para o eventual retorno ao mercado das operadoras guineenses.
Gomes prometeu, para os próximos dias, a aprovação do caderno de encargos e posteriormente o lançamento de um concurso internacional para a escolha de um parceiro que ajude a rentabilizar as empresas.
Para além da soberania estatal nas telecomunicações, o desejo do governo de ressuscitar a Guiné Telecom e a Guinetel também decorre da vontade de aproveitar as inúmeras oportunidades que se desenvolvem no sector e que poderiam ser fontes de receita adicional para o erário público.
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