quarta-feira, 22 de setembro de 2021

MINISTRO DE SAÚDE REVELOU QUE BOICOTE NO SIMÃO MENDES PROVOCOU CINCO ÓBITOS

O ministro da Saúde Pública, Dionísio Cumba, revelou que o boicote ao trabalho no Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM) já provocou cinco óbitos, dos quais dois nos serviços da Covid-19, um no de de medicina e outro chegou de casa praticamente óbito.

O boicote aos trabalhos no setor de saúde a nível nacional iniciado na segunda-feira, 20 de setembro de 2021, pelo sindicato de Quadros Superiores de Saúde ( SINQUASS) e pelo Sindicato Nacional dos Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins( SINETSA) paralisou também os serviços de algumas áreas sanitárias regionais.

Os dados estatísticos divulgados no final de tarde desta terça-feira por Dionísio Cumba indicam que no Centro de Saúde de São Domingos os trabalhos decorreram normalmente sem transtornos.

Na região de Gabu, a adesão ao boicote foi quase total, apenas duas estruturas sanitárias estão a funcionar a cem por cento, estando 12 com serviços mínimos garantidos, não havendo registo de nenhuma estrutura que tenha aderido a cem por cento ao boicote.

“Em Biombo, a adesão ao boicote é na ordem dos cem por cento.

Nas ilhas de Bijagós, 10 estruturas sanitárias funcionaram e uma esteve em greve, mas com os serviços mínimos garantidos.

Na região de Oio, também 2 estruturas funcionaram, 12 com os serviços mínimos e uma em greve.

Em Cacheu tivemos uma situação variável, com alguns serviços a funcionar.

Quínara tem zero estruturas a funcionar, sete com os serviços mínimos e duas em greve.

Bolama tem zero estruturas a funcionar e cinco com serviços mínimos garantidos.

No SAB, a adesão é de cem por cento e Farim também zero estruturas a funcionar e cinco estão a garantir serviço mínimo”.

Em relação ao HNSM, o ministério da Saúde conseguiu contratar cinco médicos do Hospital Militar que estão assegurar os serviços mínimos nos setores considerados críticos, nomeadamente, um médico para a maternidade, um para urgências, um para a ortopedia, um para cirurgia, bem como dois técnicos, um de reanimação (anestesia) e um instrumentalista.

Para além de médicos militares, o ministério da Saúde Pública colocou no terreno equipas das brigadas médicas cubanas, tanto no Setor Autónimo Bissau ( SAB) como no interior do país para garantir os serviços mínimos, informou Dionísio Cumba.

Em reação ao boicote, o ministro da Função da Pública, Tumane Baldé, pediu aos médicos e enfermeiros envolvidos no boicote a reconsiderarem as suas posições para salvar vidas.
O também médico considerou “ato de sabotagem” o que aconteceu ontem e hoje nos hospitais e Centros de Saúde públicos. Contudo, disse estar disposto a negociar com os sindicatos, apelando ao respeito do código deontológico profissional.

Por: Filomeno Sambú
Conosaba/odemocratagb

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