sábado, 9 de dezembro de 2023

Guiné-Bissau : PAIGC espera que a situação se resolve no quadro democrático


Últimos acontecimentos na Guiné-Bissau, depois que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, decidiu, segunda-feira 4 de Dezembro, dissolver o Parlamento e pedir eleições antecipadas.

O PAIGC convocou hoje uma conferência de imprensa e dirigiu-se a sede da ONU, na capital do país.

Em entrevista para a RFI, Sabino Junior, jovem quadro do partido PAIGC, faz um balanço da situação e espera que tudo se resolve no quadro democrático.

Os jovens e quadros do partido não vão aceitar essa tentativa de tirar um governo legítimo, de pôr em causa a democracia da Guiné-Bissau, de derrubar a parlamento sem respeitar a lei, sem respeitar o que diz a nossa Constituição.

O Artigo 94 é claro e diz claramente que o limite em que a ANP (Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau) pode ser dissolvida, tem que ser no mínimo de 12 meses após a eleição. E claramente uma situação anticonstitucional.

Para mim, mais do que isso, eu acho que é uma tentativa, claramente de pôr em causa a democracia e o futuro dos próprios guineenses.

O povo da Guiné está cansado, exprimiu-se, mas claramente nas eleições, há 4-5 meses, o povo escolheu um partido de forma clara, escolheu um caminho.

Temos de respeitar, o próprio presidente da República foi eleito pelo povo. Se ele foi eleito pelo povo, deve respeitar a vontade do povo, deve priorizar o povo e neste caso o povo quer que se mantenha a sua (decisão) de 4 de Junho. E essa via, eu penso, que é a única via que a Guiné-Bissau poderá seguir porque é via de democracia.

Estamos a priorizar neste momento, o diálogo, mas caso não houver vamos convocar a população.

Por: Rodolphe de Oliveira
Conosaba/rfi.fr/pt/

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