terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Festa do Natal: HOSPITAL MILITAR REGISTA 190 CASOS DE AGRESSÕES E ACIDENTES E UM ÓBITO

O diretor clínico do Hospital Militar Principal, Fernando Assaiemo, considerou negativo o balanço geral da festa do Natal, porque “foram registados 190 casos em todos os serviços do hospital e um óbito”.

Fernando Assaiemo revelou estes dados esta segunda-feira, 27 de dezembro de 2021, em entrevista exclusiva ao semanário O Democrata para fazer balanço da festa do Natal, na qual informou que foram registados 24 casos de acidente de viação, 18 casos de agressões físicas e 25 casos de acidente em Safim, periferia de Bissau, na região de Biombo.

O médico frisou que no serviço da medicina interna foram registados 105 casos, dos quais 59 são de paludismo, 5 diabéticos tipo 2, 11 casos de hipertensão arterial, 1 de anemia severa, 4 de paludismo agudo e 25 casos de diferentes patologias. No serviço da maternidade, 18 casos e uma intervenção cirúrgica, totalizando 190 casos, incluindo o de uma criança de sete anos que acabou por falecer.

Preocupado com a situação, Fernando Assaiemo aconselhou os cidadãos a terem cuidados durante a quadra festiva, porque “a maioria dos casos de acidente de viação tem a ver com a falta de prudência, consumo de bebidas alcoólicas e o excesso de velocidade”.

O diretor clínico lamentou que o hospital não tenha conseguido satisfazer todas as necessidades da população que recorre àquele estabelecimento de saúde, porque o hospital foi construído para atender militares.

“Dada as necessidade é obrigado a atender civis, mas o número de utentes superou a capacidade de resposta do hospital neste momento”, indicou.

“O Hospital Militar não consegue suportar o número de pacientes que recebe, razão pela qual dividimos os serviços em quatro turnos para que possamos atender as necessidades da população. Estamos com escassez de materiais”, afirmou, para de seguida informar que neste momento as máquinas de Tomografia e de Endoscopia não estão a funcionar devido a uma avaria.

“Também o serviço de ortopedia está com muitas dificuldades por falta de placas numa altura em que as doenças respiratórias e o paludismo ganham força”, sublinhou.

Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N
Conosaba/odemocratagb

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